Covid-19 pode afetar o coração mesmo em casos leves, aponta estudo

Por: Rádio Sampaio com SBT News
 / Publicado em 03/03/2025

Covid leve pode afetar função cardíaca, diz estudo | Freepik

Mesmo quem teve Covid-19 sem necessidade de hospitalização pode apresentar impactos no sistema cardiovascular. É o que aponta um estudo realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e publicado na revista Scientific Reports com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Os pesquisadores observaram que, até seis semanas após a infecção, houve uma queda significativa na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) - tempo entre cada batimento cardíaco, em comparação com aqueles que não tiveram a doença.

A pesquisa também detectou um descompasso na interação entre o sistema nervoso simpático e o parassimpático. Enquanto o simpático é responsável por acelerar a frequência cardíaca em situações de estresse, como medo ou perigo, o parassimpático atua para reduzi-la quando necessário.

"O bom funcionamento cardiovascular exige um equilíbrio entre esses dois mecanismos, mas o que observamos é que o impacto negativo da infecção pela Covid-19 nesses indivíduos provocou um desbalanço no sistema nervoso autônomo. O padrão observado – de redução da variabilidade da frequência cardíaca e predominância do sistema nervoso simpático – indica não apenas diminuição da modulação autonômica global, mas também sugere uma maior probabilidade de desfechos cardiovasculares desfavoráveis", ressaltou Aldair Darlan Santos-de-Araújo, pesquisador da UFSCar e autor do estudo, à Agência Fapesp.

O pesquisador reforçou que os danos ao coração podem ocorrer mesmo em jovens sem sintomas graves.

Segundo o estudo, os sintomas mais associados à pior regulação cardíaca incluem falta de ar, tosse, fadiga, dor de cabeça, ansiedade e perda de paladar.

A pesquisa analisou 130 voluntários de cerca de 40 anos, divididos entre indivíduos saudáveis e aqueles que tiveram a forma leve da doença em diferentes períodos. Aqueles que foram avaliados de dois a seis meses após a contaminação e entre sete e 12 meses, tiveram melhoras no indicador, mas com índices inferiores ao observado entre os que não tiveram a doença.

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