Correios apontam prejuízo de R$ 2,2 bilhões causado por "taxa das blusinhas"

Por: Victor Fernando/Rádio Sampaio
 / Publicado em 04/04/2025

Correios apontam prejuízo de R$ 2,2 bilhões causado por "taxa das blusinhas" - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Um estudo interno dos Correios revelou que a empresa pública acumulou um prejuízo de R$ 2.160.861.702,75 em 2024 após a sanção da chamada "taxa das blusinhas", proposta pelo Ministério da Fazenda e aprovada pelo Congresso Nacional em junho do ano passado.

Segundo documento obtido pelo g1, antes da nova legislação, os Correios projetavam arrecadar R$ 5,9 bilhões com o transporte de mercadorias importadas da China. No entanto, com a mudança, o valor efetivamente arrecadado foi de R$ 3,7 bilhões — uma queda de 37%. Mesmo em um cenário mais conservador, que já previa impactos da lei, a estimativa era de R$ 4,9 bilhões, o que ainda gerou um prejuízo de R$ 1,7 bilhão.

Nesta quarta-feira (26), o presidente da estatal, Fabiano Silva, esteve na Câmara dos Deputados e comentou: “A gente tinha uma expectativa de receita, que foi frustrada. Isso se traduz depois em prejuízo.” Ele também destacou a perda de domínio dos Correios no setor de encomendas internacionais, que caiu de 98% para cerca de 30% após a abertura do mercado para outras empresas.

A empresa busca agora reverter o decreto que alterou a tributação simplificada sobre remessas internacionais.

O Ministério da Gestão apontou os Correios como um dos principais responsáveis pelo aumento do déficit das estatais em 2024, com um rombo de R$ 3,2 bilhões. Segundo a secretária Elisa Leonel, a empresa perdeu oportunidades de modernização durante a pandemia e foi enfraquecida após ser incluída no Plano Nacional de Desestatização.

A chamada "taxa das blusinhas" estabelece duas alíquotas para compras internacionais: 20% sobre os primeiros US$ 50 e 60% sobre o valor excedente, com um desconto fixo de US$ 20 em compras acima de US$ 50. A medida, criticada até pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda será impactada pelo aumento do ICMS estadual, que subirá de 17% para 20% em abril.

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