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Um novo estudo publicado na revista Neurology aponta que o consumo excessivo de álcool — definido como oito ou mais bebidas por semana — está associado a um maior risco de lesões cerebrais ligadas à perda de memória e funções cognitivas. A pesquisa analisou os cérebros de mais de 1.700 pessoas idosas após a morte e identificou que bebedores pesados tinham 133% mais chances de apresentar uma lesão cerebral chamada arterioloesclerose hialina.
Além disso, o estudo mostrou que esses indivíduos também tinham maior probabilidade de desenvolver emaranhados tau, associados à doença de Alzheimer, e morriam em média 13 anos mais cedo do que os que nunca beberam.
A médica e especialista em bem-estar da CNN, Dra. Leana Wen, explicou que mesmo quantidades moderadas de álcool já podem afetar o cérebro e que transtornos por uso de álcool são comuns e graves, afetando milhões de pessoas. Segundo ela, ainda que o risco varie, o consenso é claro: quanto menos álcool, melhor para a saúde cerebral.
A especialista recomenda atenção a sinais de consumo problemático, como perda de controle, uso para lidar com emoções e sintomas físicos na ausência da bebida. Ela também destaca que é possível ter uma relação saudável com o álcool, mas isso exige reflexão e, em alguns casos, apoio médico especializado.