Comandante do 10º BPM fala sobre morte de adolescente durante abordagem policial em Palmeira dos Índios

Por: Rádio Sampaio
 / Publicado em 05/05/2025

Tenente-coronel Carlos Alberto, Comandante do 10º BPM, durante entrevista para a Rádio Sampaio 94.5 FM - Foto: Gustavo Morais

O repórter Niraldo Correia, da Rádio Sampaio 94.5 FM, entrevistou com exclusividade o tenente-coronel Carlos Alberto Albuquerque, comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar de Palmeira dos Índios, que falou sobre a morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, durante uma abordagem policial.

Segundo a Polícia Militar, o jovem foi alvejado após desobedecer ordens de parada e supostamente disparar contra os agentes durante a fuga. A família da vítima, porém, contesta a versão, alegando que o menor não portava arma de fogo.

O comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Carlos Alberto, disse que a guarnição informou que a ocorrência teve início após o jovem desrespeitar um sinal vermelho, praticar direção perigosa e empinar uma motocicleta. Os policiais então iniciaram o acompanhamento do condutor, que não acatou as ordens de parada.

“Durante o acompanhamento, houve verbalizações solicitando que o condutor parasse, o que não foi atendido. Segundo os relatos dos policiais registrados no boletim de ocorrência, houve confronto armado e o jovem foi atingido, vindo a falecer após ser socorrido pela própria guarnição à UPA”, declarou o comandante.

Carlos Alberto destacou que será instaurado um procedimento interno pela Corregedoria da PM, além de um inquérito já aberto pela Polícia Civil, para elucidar os fatos. Imagens de câmeras de segurança da cidade, que possui forte monitoramento urbano, também serão utilizadas nas investigações.

A versão de que o jovem teria atirado contra a guarnição é central na defesa dos policiais. “Os policiais relataram que houve um disparo durante a perseguição. Mas só poderemos confirmar o momento e a veracidade disso com as investigações”, pontuou o tenente-coronel, ressaltando que qualquer julgamento antecipado seria “desnecessário”.

A guarnição envolvida no caso seguirá os protocolos da corporação, incluindo acompanhamento psicológico, mas não será afastada preventivamente, segundo o comandante. “Afastar os policiais sem uma conclusão das investigações seria uma punição antecipada”, explicou.

“Nos solidarizamos com a dor da família. Não é o desfecho que gostaríamos. Mas o policial também sofre emocionalmente ao se deparar com uma situação assim, principalmente após saber que se tratava de um menor de idade”, concluiu o comandante.

O caso segue em investigação e deve mobilizar as atenções da sociedade local nos próximos dias.

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