Nas eleições legislativas realizadas no domingo (10) em Portugal, a Aliança Democrática (AD), coligação liderada pelo Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, ganhou por estreita margem do Partido Socialista (PS).
A disputa ficou marcada também pela ascensão do Chega, de extrema direita, que aumentou significativamente o número de cadeiras no Parlamento e terminou em terceiro lugar.
A Assembleia da República, como é chamado o Parlamento português, tem 230 deputados. Os legisladores eleitos neste domingo é que vão escolher um novo governo.
De acordo com o jornal português "Público", a AD só conseguirá formar maioria se fizer uma aliança com o Chega. Ainda segundo a publicação, o PS não conseguirá conceber nem mesmo um governo de coalizão, caso conte somente com outras siglas de esquerda.
O líder da AD, Luis Montenegro, disse neste domingo que o partido deverá agir de forma responsável. Não ficou claro se a coligação de centro-direita vai fazer uma coalizão com a extrema direita. Já o líder do PS reconheceu a vitória da AD.
Portugal vive um cenário de instabilidade e denúncias de corrupção. Em novembro do ano passado, o primeiro-ministro Antônio Costa, do PS, renunciou após o Ministério Público anunciar que ele era investigado em um caso de corrupção.
Entretanto, semanas depois, o próprio MP reconheceu que havia errado; o acusado não era o primeiro-ministro, mas sim um homônimo. A renúncia fez Portugal antecipar as eleições, que só aconteceriam em 2026.
Foi nesse cenário que, neste domingo, cerca de 10,8 milhões de eleitores de Portugal voltaram às urnas.