Multidão no carnaval | Foto: Leandro Chemalle/Thenews2/Estadão Conteúdo - 03.fev.2024
Até a última sexta-feira (9), o Brasil registrou 408.351 casos prováveis de dengue, com 62 mortes confirmadas e 279 em investigação. Os dados são do Ministério da Saúde. Segundo a infectologista Juliana Oliveira da Silva, os desfiles e festas de carnaval podem colaborar para o aumento dos casos no país, em decorrência das aglomerações próximas aos grandes centros urbanos, onde a doença é mais transmitida.
“A aglomeração das festas de Carnaval, por si só, não seria a causa para o aumento dos casos de dengue. Porém, nas festas de Carnaval há uma grande migração, um grande acúmulo de pessoas que saem de diversas regiões e vão para capitais. E a dengue é uma doença muito urbana. Então, a gente acaba tendo um grande número de pessoas aglomeradas nessas festas de Carnaval e em locais próximos de criadouros do mosquito”, explica a médica.
Juliana ainda explica que as roupas curtas também são um fator de risco. “As pessoas ficam expostas por um período grande sem proteção de partes do corpo”, diz. Assim, há uma parte maior do corpo que pode ser picada pelo mosquito. A infectologista recomenda o uso de repelentes.
Aqueles que são infectados costumam apresentar os primeiros sintomas entre sete e 10 dias depois da picada. É possível que os portadores da dengue sintam dor no corpo, febre acima de 39°C, vômitos, prostração e dores de cabeça, abdominais, atrás dos olhos e nas articulações.
“Na presença de duas manifestações dessas, qualquer uma delas, a gente recomenda fazer um atendimento para fazer uma avaliação para ver se já não tem-se os sinais de dengue”, orienta Juliana.