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A Câmara dos Deputados se prepara para dar um passo significativo ao instalar uma comissão especial destinada a analisar a proposta de isenção do imposto de renda para cidadãos que ganham até R$ 5.000 mensais.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, ressaltou a importância de encontrar alternativas viáveis para compensar a arrecadação que será perdida com a implementação dessa isenção. A medida, que já é vista como uma potencial vitrine para as eleições de 2026, enfrenta desafios consideráveis, especialmente no que diz respeito à definição de uma fonte de compensação financeira.
Em um esforço para avançar com a proposta, o governo iniciou diálogos com líderes do Congresso, incluindo Hugo Motta e Davi Alcolumbre, e indicou Artur Lira como relator da matéria.
A agenda do Congresso, no entanto, está bastante apertada. Com uma semana de atividades remotas prevista e as festividades de São João se aproximando, o ritmo dos trabalhos legislativos pode ser desacelerado. Além disso, o recesso parlamentar que se avizinha pode adiar a discussão para o final do ano.
A escolha de Artur Lira como relator é considerada uma jogada estratégica, dada sua influência e experiência em lidar com matérias sensíveis. O governo, por sua vez, está disposto a fazer concessões em alguns pontos para garantir o avanço da proposta, embora a oposição argumente que a isenção não deve ser a prioridade do momento, destacando a necessidade de discutir a devolução de valores para aposentados no esquema do INSS.