Brasileira morre ao cair de prédio no Vietnã; namorado da vítima foi detido

Por: Rádio Sampaio com G1
 / Publicado em 06/08/2024

Roraimense Rosimeiry Franco, que morreu no Vietnã. — Foto: Arquivo pessoal

Uma brasileira de Roraima, Rosimeiry Samuel Franco, de 30 anos, morreu ao cair do 17º andar do prédio em que morava na cidade de Ho Chi Minh, no sul do Vietnã, no dia 3 de agosto. A família dela pede ajuda para trazer o corpo ao Brasil.

Rosimeiry é roraimense natural de Boa Vista, capital de Roraima, e estava no país asiático desde julho de 2024. O Itamaraty informou que acompanha o caso.

Ainda não há informações se ela caiu ou se foi jogada do edifício. O namorado dela, que é naturalizado irlandês, foi detido pela polícia local, segundo a família.

Luiz Franco, irmão da vítima, contou que a polícia local ainda não passou informações concretas sobre a morte de Rosimeiry. A família dela ficou sabendo da morte através do namorado, que está sob custódia desde sábado.

"O que nós sabemos são notícias vagas. O namorado dela está detido na polícia local e estamos aguardando a finalização do inquérito para ter a autorização da funerária, que deve fazer o processo de translado", explicou Luiz.

"Não tem muito o que fazer sobre essa demora, estamos sempre em contato com a embaixada, na expectativa de respostas. Como o fuso horário não bate, temos que esperar".

Segundo a imprensa local, a jovem foi encontrada nua e caída em uma rua do bairro Long Binh, em um dos distritos de Ho Chi Minh.

Antes de se mudar para o país, a roraimense vivia com o namorado na Irlanda, onde atuava como vendedora de pacotes de intercâmbio em uma escola de idiomas. Rosimeiry morava na Irlanda há cerca de 7 anos.

O casal se mudou após o homem receber uma proposta de emprego. A ideia era que Rosimeiry também trabalhasse no Vietnã.

Após a morte de Rosimeiry, a família entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para tentar trazer o corpo da jovem para Roraima e ter mais informações sobre as circunstâncias da morte dela. Eles aguardam a liberação do corpo, que está no necrotério de um hospital de Ho Chi Minh.

"Já contatamos a Embaixada Brasileira no Vietnã e conseguimos organizar a documentação, os trâmites legais. Como as leis lá são rígidas, a polícia local não nos informa muita coisa. A nossa Embaixada está fazendo o possível para nos deixar ciente dos fatos, que não são muitos", disse Luiz.

Agora, para agilizar o translado do corpo ao Brasil, a família promove uma campanha nas redes sociais para arrecadação de dinheiro. Para que o corpo chegue ao menos em São Paulo (SP), distante cerca de 4.626 km de Boa Vista, serão necessários R$ 80 mil. Até o momento, foram arrecadados R$ 10 mil.

Outra campanha, realizada por amigas de Rosimeiry que vivem na Europa, também é realizada para custear os gastos internacionais.

O Itamaraty informou que acompanha o caso por meio da Embaixada do Brasil em Hanói, capital do Vietnã. Conforme o decreto 9.199/201, o "traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos".

"Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais", disse.

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