Ator que fez Mark Zuckerberg no cinema diz não querer mais ser associado a bilionário: 'Coisas problemáticas'

Por: Rádio Sampaio O Globo
 / Publicado em 05/02/2025

Jesse Eisenberg fez o papel do atual CEO da Meta, Mark Zuckerberg, no filme A Rede Social — Foto: Reprodução

O ator e diretor Jesse Eisenberg, que ganhou notoriedade mundial ao fazer o papel de Mark Zuckerberg no filme A Rede Social, em 2010, afirmou não querer mais ser associado ao CEO da Meta. Em entrevista ao programa Today da BBC Radio 4, o artista criticou a decisão da companhia de acabar com a checagem de fatos nas redes sociais que controla, como o Facebook, em favor de um sistema de notas de comunicado semelhante ao do X, de Elon Musk.

Eisenberg ressaltou que Zuckerberg tem feito "coisas problemáticas" que, na avaliação do ator, colocam em xeque a segurança de usuários.

— É como se esse cara estivesse... fazendo coisas que são problemáticas, tirando a verificação de fatos — disse Eisenberg ao programa. — [Há] preocupações com a segurança. Tornando as pessoas que já estão ameaçadas no mundo ainda mais ameaçadas.

O filme estrelado por Eisenberg conta a trajetória daquele estudante de Harvard que culminou no lançamento do Facebook, em meio a disputas legais e pessoais. No mês passado, Zuckerberg adotou um tom diferente dos últimos anos. Num vídeo, acusou "os governos e os meios de comunicação de impulsionar a censura" e ressaltou a prioridade à liberdade de expressão na web. Foi um dos mais recentes sinais de sua transformação política em meio à volta de Donald Trump à Casa Branca.

O programa de verificação de dados por organizações independentes de todo o mundo havia nascido como resposta à avalanche de desinformação e teorias da conspiração em suas plataformas, o que preocupava as autoridades democráticas. O CEO da gigante das redes sociais fez avanços reiterados em direção ao republicano, como num jantar em novembro e na doação de R$ 6,13 milhões para sua cerimônia de posse, em 20 de janeiro. Além disso, colocou vários de seus aliados em cargos-chave, a exemplo do chefão do UFC, Dana White, hoje conselheiro da Meta.

Eisenberg ressaltou que o giro de Zuckerberg lhe deixa "preocupado" pelos impactos possíveis na vida em sociedade.

— Essas pessoas têm bilhões e bilhões de dólares, mais dinheiro do que qualquer ser humano já acumulou e o que estão fazendo com isso? — questionou. — Ah, eles estão fazendo isso para ganhar o favor de alguém que está pregando ódio. É o que eu acho... não como uma pessoa que atuou em um filme. Penso nisso como alguém que é casado com uma mulher que ensina justiça para deficientes em Nova York, e a vida para os alunos dela vai ficar um pouco mais difícil este ano.

Jesse Eisenberg concorre ao Oscar deste ano de Melhor Roteiro, com o filme "A verdadeira dor".

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