O chanceler alemão, Olaf Scholz, visitou neste sábado (21) a cidade de Magdeburg, no sul da Alemanha, onde na sexta-feira (20) um homem invadiu uma feira de Natal e atropelou dezenas de pessoa, matando cinco e ferindo outras 41 com gravidade.
Haseloff afirmou que, além dos cinco mortos — uma delas, uma criança de nove anos — 41 pessoas ficaram "seriamente feridas", algumas em estado grave.
O ataque, o primeiro do tipo em oito anos, fez os alemães reviverem a sensação de insegurança que sentiram durante uma onda de atentados no país em 2016 e 2017 .
"Teremos de falar mais sobre segurança na Alemanha. Mas agora velaremos nossas vítimas", disse o governador do estado da Saxônia-Anhalt, onde houve o ataque, Reiner Haseloff.
Em discurso após visitar o local, Schoz disse que não é hora para divisões, mas garantiu uma resposta para conter uma nova onda de violência. "Vamos responder com toda a força da lei", afirmou. "Mas temos que evitar propagar o ódio. A Alemanha deve se manter unida".
Ao longo desta manhã, várias pessoas acenderam velas e colocaram flores do lado de fora de uma igreja perto do mercado. Um coral de uma igreja de Berlim, cujos membros testemunharam o ataque ao mercado de Natal de 2016, também fez uma apresentação no local nesta manhã.
As feiras de Natal seguem abertas neste sábado em toda a Alemanha com a segurança reforçada, apesar do apelo de alguns setores para que os eventos sejam encerrados mais cedo. Estados como Hessen, Bremen, Baixa Saxônia, Renânia-Palatinado e Schleswig-Holstein estão entre os que intensificaram as medidas de segurança.
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O autor do ataque é um médico saudita que intencionalmente invadiu, com um BMW preto, a feira de Natal, que estava lotada de compradores de fim de ano. Ele foi preso no local do ataque logo após o atentado e levado sob custódia para interrogatório.
O médico, de 50 anos, mora na Alemanha há quase duas décadas, e trabalha em Bernburg, cerca de 40 quilômetros ao sul de Magdeburg, a capital do estado da Saxônia-Anhalt e ccm cerca de 240.000 habitantes.
A ministro do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, disse neste sábado que o médico é islamofóbico. A imprensa alemã ja havia afirmado que o médico saudita se dizia "anti-islã" em suas redes e acusava o governo alemão de querer "islamizar a Europa" ao incentivar a entrada de imigrantes e refugiados vindos de países árabes.