Michael Jackson durante show no Morumbi, em São Paulo, em 1993 — Foto: Ivo Gonzalez/Agência O GLOBO
Nesta quarta-feira, 25 de junho, completam-se exatos quinze anos da morte precoce do Rei do Pop. Em 2009, intoxicado por propofol e benzodiazepina, Michael Jackson deixou órfã sua legião de fãs. Figura no mínimo excêntrica, foi (e segue sendo) alvo de um sem-número de boatos e especulações.
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Confira abaixo algumas das dúvidas mais curiosas que cercam a vida do Rei do Pop — e a década e meia que sucedeu sua morte.
Michael Jackson morreu sem nariz?
MITO. Ed Winter, perito do Condado de Los Angeles, negou o boato após ter acesso à autópsia do Rei do Pop. “Os rumores são falsos. As pessoas gostam de dizer que ele tinha esse nariz de cera que tirava à noite e colocava de manhã. E, tipo, não é verdade”, disse à imprensa.
É fato, porém, que a autópsia revelou que Michael tinha tatuado seus lábios para torná-los rosados e pintado o couro cabeludo de preto e escurecido as sobrancelhas.
Michael Jackson era assexuado?
MITO. Pelo menos é o que dizem algumas mulheres que supostamente teriam tido relações sexuais com o músico americano. A ex-mulher, Lisa Marie Presley, afirmou mais de uma vez que o sexo do casal era “muito quente”.
Outras mulheres também garantiram terem “passado por lá”, como Ola Ray, que estrelou o clipe de “Thriller”. Theresa Gonsalves alega ter sido namorada do cantor enquanto ele estava filmando o longa “O mágico inesquecível” (1978) em Nova York, e afirma ter feito sexo com ele mais de uma vez.
Outro boato que perseguiu a vida de Michael é o de que ele seria gay. Ele mesmo insistiu algumas vezes, em vida, que era mentira.
VERDADE. Michael Jackson tinha vitiligo e lúpus, duas doenças que podem afetar a pele. A primeira muda a pigmentação de escura para clara, enquanto a segunda forma manchas vermelhas no rosto.
Por usar cremes claros para tratar ambas as condições, era improvável que Michael tivesse outra escolha senão parecer sempre extremamente pálido.
No entanto, as feições do astro foram “suavizadas” por escolha dele próprio. A primeira cirurgia no nariz veio após fraturá-lo durante o ensaio de uma coreografia de dança complexa em 1979, aos 21 anos.
Em sua biografia de 1989, ele admitiria ter feito duas intervenções plásticas no nariz e criado uma fenda falsa no queixo. Mas médicos garantem que Michael ainda fez lifting na testa, intervenções para afinar os lábios e uma cirurgia na bochecha.
Em entrevista a Oprah Winfrey, ele negou que tinha o desejo de se tornar branco: “Eu sou um negro americano, tenho orgulho de ser negro americano, tenho orgulho da minha raça”.
VERDADE. Pelo menos é o que garante o especialista em saúde mental Dr. Stan Katz. O profissional examinou Michael Jackson durante as acusações de abuso sexual de crianças, em 2003.
Segundo a avaliação de Katz, Michael não era um pedófilo, mas regrediu de volta à idade mental de um menino de dez anos. Elizabeth Taylor, amiga pessoal do astro, também o defendeu: “não havia nada de anormal na forma como Michael lidava com crianças. Não tinha nada sexual acontecendo. Nós ríamos como crianças e víamos muitos filmes de Walt Disney”.
MITO. Tais rumores ganharam força no bestseller “Michael Jackson: The magic and the madness”, de J. Randy Taraborrelli, lançado em 1991. No livro, o biógrafo dizia que boatos de que o patriarca da família, Joseph Jackson, era um abusador “circulava havia muitos anos na indústria”. No mesmo ano, La Toya Jackson, irmã de Michael, escreveu uma autobiografia em que acusou o pai de abusar sexualmente dela e da irmã Rebbie.
Anos depois, La Toya se retratou sobre as acusações, e nenhum outro membro da família Jackson jamais confirmou os boatos.
Michael Jackson, porém, falava publicamente sobre os castigos físicos a que era submetido pelo pai. Em entrevista a Oprah, ele chorou ao acusar Joseph de abuso físico. O pai se “defendeu”: “Eu o chicoteei com um interruptor e um cinto. Eu nunca bati nele. Você bate em alguém com uma vara”. Michael nunca acusou o pai de abuso sexual.