A Polícia Militar do Distrito Federal realiza uma operação de varredura antibombas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, após a ocorrência de explosões nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF). O trabalho se estendeu até a madrugada desta quinta-feira (14).
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marcos Amaro, disse que não foram encontrados explosivos ou qualquer outra ameaça à segurança no Palácio do Planalto. Uma varredura foi feita no local na noite de quarta-feira (13), após um homem morrer ao explodir dois artefatos na Praça dos Três Poderes.
O que se sabe sobre o caso?
Duas explosões ocorreram na noite da quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, onde ficam os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Por volta das 19h30, um carro explodiu no estacionamento que fica entre o STF e o anexo 4 da Câmara. Depois, uma segunda explosão foi ouvida na frente do STF.
Ministros e funcionários deixaram o prédio do STF rapidamente depois das explosões. Na Câmara, a sessão foi encerrada após pedidos de congressistas. Membros do Exército e do Batalhão da Guarda Presidencial reforçaram a segurança dos palácios do Planalto e da Alvorada. A Companhia de Choque do Exército também foi acionada.
Autor das explosões morreu
Segundo a Polícia Civil, um homem, identificado como Francisco Wanderley Luiz, morreu na segunda explosão. Ele, que foi candidato a vereador em Rio Sul (SC) pelo PL, é apontado como o principal suspeito, já que o veículo que explodiu estava em seu nome.
Em depoimento à polícia, testemunhas afirmaram que o homem tentou entrar no prédio do STF antes da explosão. Como não conseguiu, ele ficou parado em frente à estátua “A Justiça”. Depois, colocou a mochila que carregava no chão e tirou um extintor, uma blusa – que lançou contra a estátua –, e alguns artefatos.
Um segurança do STF chegou a se aproximar, mas o homem o advertiu, tirando a camisa e mostrando algo semelhante a um relógio digital – o que fez o agente suspeitar de ameaça de bomba. Em seguida, o homem lançou dois dos três artefatos, que explodiram. Ele, então, se deitou no chão, acendeu o último artefato, colocou embaixo da cabeça “como um travesseiro” e aguardou a explosão.
Segundo a Polícia Civil, ele alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, dias atrás. O Boletim de Ocorrência afirma que na casa, que passava por perícia até a última atualização desta reportagem, policiais encontraram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Francisco. Um popular informou aos policiais que o homem esteve no local e usava uma "carretinha" no veículo.