Há um ano, falta energia elétrica na Faixa da Gaza e seus habitantes precisam se contentar com alternativas que não atendem às suas necessidades mais básicas.
Cortar o acesso de Gaza à eletricidade foi uma das primeiras medidas tomadas pelas autoridades israelenses - após o ataque de 7 de outubro liderado pelo Hamas. Alguns palestinos puderam recorrer a geradores ou à energia solar, mas Israel restringiu severamente a capacidade de trazer novos painéis solares e o combustível que faz os geradores funcionarem, argumentando que o Hamas estocou combustível destinado a civis para usar em ataques com foguetes.
Desde o início da guerra, grupos humanitários têm criticado a decisão de cortar a energia de Gaza. Em resposta, Israel Katz, que era ministro da Energia na época e foi nomeado ministro da Defesa na semana passada, implicitamente colocou a culpa no Hamas e em outros grupos armados em Gaza por manter reféns sequestrados durante o ataque.
"Ajuda humanitária para Gaza?" — questionou Katz. — "Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhuma torneira de água será aberta e nenhum caminhão de combustível entrará até que os reféns israelenses voltem para casa".
O apagão fez com que os hospitais pedissem repetidamente por combustível para fazer funcionar seus geradores, enquanto a corrente elétrica flui livremente nas cidades israelenses a poucos quilômetros de distância. Alaa al-Din Abu Odeh, diretor de engenharia e manutenção do Ministério da Saúde de Gaza, disse que os hospitais do território estavam “funcionando com a bondade e a misericórdia de Deus”.