Em uma ação crucial para enfrentar o problema crescente das pessoas desaparecidas no Brasil, a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas será retomada no próximo dia 26 de agosto de 2024. Esta campanha faz parte da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, que visa ajudar na localização e identificação de indivíduos desaparecidos em todo o país.
A primeira etapa da mobilização está programada para ocorrer até o dia 30 de agosto de 2024, com postos de coleta estabelecidos em diversas cidades brasileiras. O objetivo principal é reunir amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas para comparar com os bancos de dados estaduais e federal que formam a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos.
Em Alagoas, o ponto focal da campanha é a Polícia Científica de Alagoas. Os locais de coleta serão o IML da capital localizado na Avenida Luiz Avelino Pereira, no bairro Tabuleiro do Martins, em Maceió e o IML do Agreste que fica na Avenida Governador Lamenha Filho, Bairro Jardim Tropical, em Arapiraca.
Durante toda semana da campanha, peritos criminais e peritos odontologistas estarão realizando uma força tarefa para receber e coletar material genético de familiares de pessoas desaparecidas. Para garantir a participação, os interessados devem comparecer aos postos com documentos de identidade e, o boletim de ocorrência da pessoa desaparecida e se possível fotografias e reportagens da época.
Os dados sobre pessoas desaparecidas no Brasil atualmente possuem duas principais fontes: Sinesp-VDE e o Relatório Estatístico das Autoridades Centrais. As informações obtidas de formas diferentes e com diferentes objetivos são disponibilizadas no site da campanha https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/desaparecidos.
Em Alagoas, foram registrados 626 desaparecimentos em 2023 e de janeiro a julho deste ano, já foram registrados 375 boletins de ocorrências de pessoas desaparecidas. Isso representa uma média de 2 pessoas desaparecidas por dia, totalizando 1.001 pessoas nos últimos dois anos.
As informações disponibilizadas no site do Ministério da Justiça ainda mostram que desse total de pessoas desaparecidas em Alagoas, 683 são do sexo masculino, 305 do sexo feminino e 13 não foram informados o sexo. Em relação à faixa etária, 748 são maiores de 18 anos, 238 entre 0 a 17 anos e em 15 registros não foram informados a data de nascimento.
*Com Ascom Polícia Científica