Afastada do controle da SAF do Vasco pela Justiça do Rio de Janeiro na quarta-feira (15), a empresa 777 Partners perdeu outra ação judicial nesta quinta-feira (16), desta vez na Bélgica, onde é dona do Standard Liège. Os ativos da empresa no país estão bloqueados.
Sentença proferida nesta quinta ordenou a apreensão cautelar dos bens da 777 na Bélgica, após denúncia apresentada por Bruno Venanzi, antigo dono do Standard Liège, e outros sócios, no início de maio.
Segundo a imprensa belga, o grupo americano não pagou as parcelas que venceram em abril, cada uma de 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 19 milhões). Por isso, os acionistas entraram na Justiça pedindo a penhora dos bens da 777.
Há pouca esperança de que a 777 Partners pague os acionistas, dados os problemas financeiros e jurídicos da empresa - diz reportagem da RTBF, emissora de rádio e televisão pública belga.
Sobre o Vasco
O presidente do Vasco, Pedrinho, deu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, em São Januário, para explicar a ação do clube contra a 777 Partners. A empresa foi afastada do controle da SAF por uma decisão judicial em caráter liminar, na noite de quarta.
Pedrinho garantiu que o comando do futebol continua com a SAF, ainda que não esteja na mão da 777. O presidente prometeu ainda salários em dia e disse que "nada muda esportivamente" no curto prazo.
“A ação é exclusivamente de proteção à Vasco SAF, para não acontecer o que aconteceu hoje com o clube belga (Standard Liège), é para proteger as ações da SAF. Para que o Vasco não fosse prejudicado com um bloqueio e entrasse em colapso financeiro. Eu sou vascaíno e todas as ações são para proteger o torcedor. A ação é jurídica, não tem intuito esportivo” - disse Pedrinho, que completou:
“Meu problema nunca foi e nunca será com a SAF, mas a legitimidade financeira. Diversas vezes pedimos garantias financeiras para não chegar a esse nível. Fiz isso para o Vasco SAF não quebrar”.