O advogado Jailson Correia, que representa o pai de Maria Katharina, menina de 10 anos que foi encontrada morta em um estábulo em Palmeira dos Índios, enviou uma nota para o portal UOL, onde disse discordar da prisão preventiva decretada pela justiça de Alagoas
Segundo as informações divulgadas pelo UOL, o advogado afirma que “com todo respeito que guardo em relação ao MP, eu discordo frontalmente”, e que “a denúncia é desarrazoada, desproporcional e não guarda relação de causalidade com o que fora apurado no inquérito policial por ocasião da investigação”.
Já em relação ao decreto de prisão preventiva, ele afirma que impetrou habeas corpus perante o TJAL, “buscando reestabelecer a liberdade do meu cliente.” O caso não foi analisado ainda pelo TJAL.
A Justiça de Alagoas decretou a prisão preventiva do pai da menina de 10 anos encontrada morta em Palmeira dos Índios. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por maus-tratos. A Polícia Civil faz diligências para cumprir o mandado de prisão.
Na denúncia, o MP considerou que Maria Katharina teria cometido suicídio por não suportar os maus-tratos físicos e verbais cometidos pelo pai. De acordo com o promotor de Justiça Alberto Holanda, Katharia e o irmão chegaram a passar a noite presos em baias dos cavalos como forma de castigo.
“Apuramos que, em decorrência do sofrimento e dos maus-tratos, a criança não suportou e foi induzida ao suicídio. Um fato aterrorizante, pois a vítima tinha apenas 10 anos. Comprovadamente, o pai era violento, como é sabido, ao ponto de deixá-la pernoitar no estábulo, ao relento, sem a menor proteção”, afirmou.
Após uma reprodução simulada descartar a possibilidade de assassinato, a mãe da criança denunciou o marido por maus-tratos e um novo inquérito foi aberto para investigar se a menina era vítima de violência.
A partir dos relatos da mãe, o Ministério Público entrou em novembro com uma denúncia contra o pai para que ele fosse responsabilizado pela morte da filha.
“O Ministério Público entende que ele não pode ficar impune e quer, apenas, que ele seja responsabilizado pelos crimes cometidos”, disse o promotor.
Maria Katharina morreu no dia 8 de julho. Segundo testemunhas, ela estava brincando com o irmão quando ele se machucou e precisou ser socorrido pelos pais para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Quando retornaram, encontraram a menina enforcada. Ela também foi socorrida, mas chegou sem vida à unidade de saúde.