Na noite desta última terça-feira (27), Anaflávia Martins Gonçalves, acusada pelo triplo homicídio qualificado dos pais e do irmão adolescente, foi julgada mais uma vez e acabou condenada a 85 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado. A informação é do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
Ela já havia sido condenada, em junho do ano passado, a 61 anos de prisão. O Ministério Público, porém, não concordou com a sentença, que não incluía na pena a condenação pela morte do irmão, e recorreu.
O novo julgamento, como o anterior, ocorreu em júri popular no Fórum de Santo André, no ABC.
Além de Anaflávia, outras quatro pessoas já tinham sido condenadas pelas mortes de Romuyuki Gonçalves, de 43 anos, de Flaviana Gonçalves, de 40 anos, e do filho do casal, Juan Gonçalves, de 15 anos.
Na sentença desta terça-feira, Anaflávia acabou condenada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (multiplicado por três), roubo majorado, associação criminosa e destruição de cadáver (também multiplicado por três).
O Ministério Público acusava Anaflávia de planejar os crimes com Carina Ramos de Abreu (sua namorada); os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos (primos de Carina); e Guilherme Ramos da Silva (amigo dos irmãos Ramos).
O principal objetivo do grupo, de acordo com o MP, era o de roubar dinheiro das vítimas. Mas depois, acabou decidindo matá-las.
Segundo a acusação feita pela promotora Manuela Schreiber Silva e Sousa, três homens armados (Juliano, Jonathan e Guilherme) entraram no imóvel com a ajuda de Anaflávia e Carina. Vídeos de câmeras de segurança gravaram o grupo na residência onde as três vítimas moravam, um condomínio fechado de casas em Santo André.
Pelas investigações, os cinco queriam roubar R$ 85 mil que estariam num cofre, mas, como não encontraram o dinheiro, decidiram levar pertences de Romuyuki, Flaviana e Juan Victor e matá-los. Eles foram assassinados com golpes na cabeça durante o assalto na casa.
No dia seguinte, os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados dentro do carro da família, numa área de mata em São Bernardo do Campo, município vizinho a Santo André.