7 réus serão julgados hoje pelo sequestro de Marcelinho Carioca

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 / Publicado em 02/08/2024

Marcelinho Carioca durante coletiva de imprensa | Foto: Roberto Sungi/Ato Press/Estadão Conteúdo

A Justiça marcou para esta sexta-feira (2), a partir das 13h30, o julgamento dos sete réus acusados de participar do sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e da amiga dele, Taís Alcântara de Oliveira, em 17 de dezembro de 2023 em Itaquaquecetuba, Grande São Paulo.

As vítimas estavam num cativeiro na mesma cidade e foram soltas um dia depois pela Polícia Militar (PM). O julgamento será virtual, feito por videoconferência. Ele será presidido pelo juiz Sérgio Cedano, da 2ª Vara Criminal do Fórum de Itaquaquecetuba.

A sessão judicial prevê audiência de instrução, depoimentos das vítimas e testemunhas, interrogatório dos réus e debates entre acusação e defesa. A sentença será dada pelo magistrado, mas não precisa ser divulgada logo em seguida após o julgamento. Pode ser comunicada até mesmo dias depois da audiência.

Dos sete acusados de envolvimento no crime, quatro (dois homens e duas mulheres) foram presos em flagrante em 18 de dezembro e continuam detidos: Jones Santos Ferreira, Wadson Fernandes Santos, Eliane de Amorim e Thauannata dos Santos. Outro foi preso depois, em 2 de fevereiro de 2024: Caio Pereira da Silva.

E outros dois acusados (um homem e uma mulher) são procurados pela polícia: Matheus Eduardo Candido Costa e Camily Novais da Silva. Esses poderão ser julgados à revelia.

Todos os réus tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça. Prisões preventivas são aquelas nas quais quem é acusado de um crime fica detido até o julgamento. O grupo foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por diversos crimes, como associação criminosa, receptação, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.

O caso é investigado pela Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil. Segundo a investigação, ao menos dez pessoas participaram do sequestro de Marcelinho, um dos maiores ídolos do futebol do Corinthians, e da amiga dele. A Justiça determinou que a DAS apresente mais provas do envolvimento dessas outras três pessoas investigadas. Por este motivo, não decretou as prisões delas ainda.

Segundo a DAS, o sequestro não foi planejado e aconteceu por acaso, quando Marcelinho foi a uma comunidade em Itaquaquecetuba levar ingressos de um show para a amiga. De acordo com a investigação, o carro de luxo do ex-atleta chamou a atenção dos criminosos, que decidiram abordá-los. Dois dos bandidos estavam armados.

O automóvel foi abandonado depois pela quadrilha, que levou as vítimas para uma casa e passou a exigir dinheiro de Marcelinho. O ex-jogador era constantemente ameaçado de morte. Ele também foi agredido com coronhadas na cabeça. Amigos e familiares do ídolo corintiano foram procurados pelos criminosos e chegaram a transferir dinheiro para os sequestradores.

Com a confirmação do sequestro de Marcelinho e Taís, a divulgação do caso na imprensa, e a busca da polícia pelos reféns, a quadrilha obrigou as vítimas a gravarem um vídeo falso. Nele, os reféns diziam ser amantes e contavam ter sido pegos pelo marido da mulher. Tanto o ex-jogador quanto a amiga negaram ter um relacionamento.

O ex-companheiro da mulher também foi ouvido pela DAS e afirmou não ter nenhum envolvimento com o caso.

O vídeo falso foi divulgado nas redes sociais pelos bandidos. Segundo a DAS, o intuito era o de atrapalhar a investigação para dificultar os trabalhos da polícia na localização de Marcelinho e Taís.

A Polícia Militar encontrou os dois após receber denúncias anônimas do local do cativeiro em Itaquaquecetuba. O ex-jogador estava com uma toalha cobrindo a cabeça, chorou quando viu os agentes e abraçou um deles.

"A todo momento, aquele apavoro. Um pegava uma arma: 'Já viu isso aqui? Já brincou de roleta-russa?' E girava. Colocaram a arma por baixo da toalha, aí senti aquela coisa gelada", relembrou Marcelinho em entrevista ao Fantástico.

Taís estava deitada na cama, olhando para a parede. Ela é funcionária da Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, onde o ex-atleta foi secretário até janeiro deste ano.

"O tempo todo eles pediam só para passar senha de Pix, essas coisas. Eles pegaram meu celular, provavelmente devem ter olhado o banco e, vendo que não tinha saldo, estavam mais pedindo para o Marcelo", contou Taís.

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