69,16% dos domicílios alagoanos sobreviveram apenas com auxílio emergencial, segundo IPEA

Por: Rádio Sampaio
 / Publicado em 06/01/2021

Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal.

Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta-feira (6), apontam que somados os meses de maio a novembro, de 2020, 69,16% dos domicílios alagoanos sobreviveram apenas com o valor pago pelo Auxílio Emergencial, benefício financeiro concedido pelo governo federal diante da situação de pandemia do novo coronavírus.

Segundo o levantamento, em Alagoas, o número de domicílios que tiveram apenas o valor do auxílio para sobreviver em maio foi de 8,15%. O número foi crescendo nos meses de junho, julho e agosto (este com o maior índice registrado, 11,64%). Já em setembro, outubro e novembro, o percentual caiu e chegou a 8% no último mês pesquisado.

A proporção de domicílios exclusivamente dependentes do AE foi muito maior na região Nordeste, ultrapassando os 10% no Piauí.

Segundo a pesquisa, 4,32% dos domicílios sobreviveram apenas com o valor do auxílio de R$ 600 ou R$ 1.200, encerrado em dezembro. O percentual representa cerca de 2,95 milhões de lares, uma queda de 0,44 ponto percentual na comparação com outubro, ou diminuição de 300 mil domicílios.

No mês analisado, 27,45% dos domicílios do país permaneciam sem nenhuma renda do trabalho efetiva, uma leve redução frente aos 27,86% registrados em outubro.

Em novembro, 27,45% do total de domicílios do país permanecia sem nenhuma renda do trabalho efetiva, contra 27,86% registrados em outubro. De acordo com o estudo, 4,32% dos domicílios (cerca de 2,95 milhões) sobreviveram apenas com os rendimentos do auxílio emergencial (AE) no penúltimo mês de 2020. Esse resultado representa uma queda de 0,44 ponto percentual em relação a outubro, o que equivale a 300 mil domicílios.

Contudo, o aumento na renda domiciliar média provocada pelo auxílio no Brasil foi R$ 64 menor em novembro, na comparação com outubro (R$ 229,77, contra R$ 294,69). Assim, mesmo com o aumento da renda do trabalho efetiva, a renda média total domiciliar caiu 1,76%, alcançando R$ 3.783 no mês. Entre os domicílios de renda muito baixa, a queda foi de 2,8% (de R$ 1.106 para R$ 1.075). Os dados mostram também que, em novembro, cerca de 70% dos domicílios receberam a metade, ou menos, do valor do auxílio emergencial de setembro – proporção que entre os lares de renda muito baixa alcançou 80%.

Os trabalhadores formais foram os menos atingidos pela pandemia em novembro. Entre os do setor privado com carteira assinada e os funcionários públicos, a renda efetiva equivaleu a 96,9% do habitual. Já os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada receberam 91,6% dos rendimentos usuais. A menor queda no rendimento foi entre os trabalhadores do setor público com carteira assinada (98,4%) e servidores do setor público informais (98,9%).

Segundo o Ipea, o auxílio emergencial contribuiu para a elevação em 1% da renda domiciliar média, se comparado com a condição em que os domicílios tivessem recebido apenas os rendimentos do trabalho habituais. Na parcela da população com renda muito baixa os rendimentos ficaram 19% acima do usual.

O Ipea analisou os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho e o impacto do auxílio emergencial na renda dos brasileiros. Os dados revelam que, em novembro de 2020, os rendimentos médios efetivos da população corresponderam a 93,7% da renda média habitual. Os trabalhadores por conta própria foram os mais atingidos: receberam 85,4% do habitual.

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