
Arquidiocese de Maceió está sob a liderança de Dom Carlos Alberto Breis Pereira, e vai seguir as diretrizes do Vaticano sobre o caso - Foto: Divulgação
A Arquidiocese de Maceió emitiu nota, nesta semana, comunicando que afastou de suas funções três reverendos, investigados por desvios de recursos da Igreja Católica. Foram afastados os Cônegos Walfran Fonseca da Silva e João José de Santana Neto, além do Padre Edvan Bernardino da Silva.
Na nota, a Arquidiocese informa ainda que instituiu Processos Administrativos Penais em desfavor dos três reverendos. Caso as denúncias contra eles sejam confirmadas, os três podem perder a batina e ser expulsos da Igreja.
Segundo a nota da Arquidiocese, os procedimentos canônicos correm em segredo de justiça. “Concluída a fase diocesana dos Processos, os autos serão remetidos à Santa Sé, para a decisão final do Santo Padre Leão XIV”, explicou o Cônego Valmir Galdino Paes da Silva, Chanceler da Cúria Arquidiocesana de Maceió.
De acordo com a nota da Arquidiocese, os três religiosos teriam se envolvido em desvios de recursos, falta de prestações de contas e outras irregularidades, relacionadas às instituições administradas por eles, a exemplo da Fundação Leobino e Adelaide Motta.
“A Arquidiocese reforça que o afastamento não constitui punição antecipada, mas medida prudencial comum nos trâmites processuais canônicos, conduzidos com total transparência e zelo pela verdade”, destaca a nota.
Segundo a Arquidiocese, “a decisão foi tomada após criteriosa análise de documentos e oitivas de testemunhas, com a devida consulta à Nunciatura Apostólica no Brasil e ao Dicastério para o Clero”, acrescentou.
A nota enfatiza ainda a postura do arcebispo Dom Beto Breis, em defesa da legalidade, da moralidade e das boas práticas. Segundo a assessoria da Arquidiocese, “Dom Beto tem conduzido o processo com firmeza, serenidade e fidelidade à Igreja, assegurando que nenhuma irregularidade será tolerada”.
Por isso, o afastamento dos três religiosos foi necessário. Afinal, “as medidas visam preservar o bem público da Igreja, restaurar a justiça e reparar eventuais escândalos, para que prevaleça a verdade e se instaure plenamente a justiça”.
NOTA DA ARQUIDIOCESE
“A Arquidiocese de Maceió comunica que, após a devida investigação prévia e em conformidade com o Direito Canônico, foram instaurados Processos Administrativos Penais em desfavor dos Reverendos Cônego Walfran Fonseca da Silva, Cônego João José de Santana Neto e Padre Edvan Bernardino da Silva. As investigações tratam de supostas irregularidades em matéria econômica relacionadas a instituições anteriormente administradas pelos referidos clérigos. Os procedimentos canônicos seguem sob segredo de justiça e, concluída a fase diocesana, os autos serão remetidos à Santa Sé para decisão final do Santo Padre Leão XIV.
A decisão foi tomada após criteriosa análise de documentos e oitivas de testemunhas, com a devida consulta à Nunciatura Apostólica no Brasil e ao Dicastério para o Clero. Em conformidade com o Cânon 1722 do Código de Direito Canônico, os três sacerdotes foram temporariamente afastados do exercício público do ministério presbiteral, garantindo-se, contudo, o direito ao contraditório, à ampla defesa e à presunção de inocência.
A Arquidiocese reforça que o afastamento não constitui punição antecipada, mas medida prudencial comum nos trâmites processuais canônicos, conduzidos com total transparência e zelo pela verdade.
