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Um ato de desrespeito chocante abalou o coração da Igreja Católica nesta sexta-feira (10), quando um homem profanou o Altar da Confissão, conhecido como Altar Papal, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O incidente ocorreu por volta das 9h30, durante uma missa celebrada no Altar da Cátedra, e foi presenciado por centenas de fiéis e turistas.
De acordo com relatos e imagens que viralizaram nas redes sociais, o indivíduo, descrito como um jovem, conseguiu burlar as barreiras de segurança que cercam o altar – projetado por Gian Lorenzo Bernini no século XVII –, subiu rapidamente os degraus e baixou as calças para urinar diretamente sobre a mesa do altar. O episódio durou poucos segundos, mas gerou indignação imediata entre os presentes, que registraram o momento em vídeos amplamente compartilhados.
A Gendarmaria Vaticana, com agentes à paisana presentes no local, interveio prontamente, detendo o homem e escoltando-o para fora da basílica. A área ao redor do altar foi isolada imediatamente para limpeza e desinfecção, garantindo a segurança dos visitantes. Até o momento, não há informações oficiais sobre a identidade do agressor, sua nacionalidade ou motivações – o Vaticano não divulgou detalhes adicionais via Sala de Imprensa da Santa Sé.
O Papa Leão XIV foi informado do ocorrido e manifestou profunda tristeza, segundo fontes próximas ao Vaticano. O pontífice, que assumiu o cargo recentemente, estaria avaliando a eficiência das medidas de segurança na basílica, especialmente em um ano jubilar que atrai milhões de peregrinos. "É uma afronta ao sagrado, em um dos lugares mais venerados da cristandade", comentou uma fonte eclesial ao jornal italiano Il Tempo.
Este não é o primeiro episódio de vandalismo no mesmo altar. Em fevereiro de 2025, um homem de origem romena subiu ao local e derrubou seis candelabros do século XIX, causando danos estimados em 180 mil euros e exigindo um rito penitencial para reconsecração. Dois anos antes, em junho de 2023, um ativista polonês se despiu nu no altar com a inscrição "Salvem as crianças da Ucrânia" nas costas, em protesto contra a guerra. Esses incidentes levantam debates sobre o equilíbrio entre acessibilidade turística e proteção ao patrimônio sagrado na basílica, que recebe cerca de 20 mil visitantes por dia.
A comunidade católica reagiu com orações e apelos por reparação. No X (antigo Twitter), jornalistas credenciados no Vaticano, como Bree A. Dail, confirmaram a profanação e questionaram se um rito de reconsecração será realizado, como ocorreu em casos anteriores. Vídeos do momento mostram o homem se aproximando do altar sob o olhar atônito da multidão, baixando as calças e cometendo o ato antes de ser contido por seguranças.
Autoridades vaticanas e italianas investigam o caso, que pode resultar em acusações de profanação e danos ao patrimônio cultural. O incidente reforça a necessidade de reforço na vigilância, em um momento em que o Vaticano se prepara para eventos jubilares que prometem lotar a Praça de São Pedro.