
Foto: Ascom Ufal
A Universidade Federal de Alagoas (UFAL) inicia o ano de 2025 sob forte pressão financeira. Com um orçamento de R$ 103,9 milhões para despesas discricionárias — valor 0,38% inferior ao de 2024 —, a instituição acumula um déficit de R$ 15,2 milhões, comprometendo serviços essenciais como segurança, limpeza, manutenção predial e fornecimento de energia.
De acordo com a Pró-reitoria de Gestão Institucional (Proginst), a redução no orçamento, associada ao aumento dos custos operacionais, ameaça o pleno funcionamento da universidade. Em 2024, a UFAL já enfrentava dificuldades, encerrando o ano com um passivo de R$ 9,4 milhões. Agora, com a soma das dívidas anteriores e das despesas correntes, o déficit projetado ultrapassa R$ 15 milhões.
Em resposta à crise, a gestão central da UFAL iniciou o redimensionamento de 17 contratos, afetando áreas estratégicas como manutenção predial, limpeza, sistemas de gestão, vigilância, rede lógica e apoio administrativo, impactando tanto os campi de Maceió quanto do interior do estado.
Além disso, a universidade lida com litígios expressivos, como o referente ao fornecimento de água no Campus A.C. Simões e demais unidades em Maceió, envolvendo um montante superior a R$ 22 milhões. Também persistem mais de R$ 4 milhões em dívidas acumuladas de anos anteriores, relacionadas principalmente a reajustes contratuais e repactuações não honradas devido à falta de repasses federais.
Apesar do cenário crítico, a UFAL segue em funcionamento graças ao empenho de servidores docentes, técnicos administrativos e colaboradores. A instituição destaca que o Observatório de Contratos e o Fórum de Gestores estão trabalhando de forma contínua para ajustar gastos e encontrar soluções. No entanto, alerta que a continuidade das atividades acadêmicas depende de uma revisão urgente no orçamento.
