O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega - Foto: Cesar Perez / Nicaraguan Presidency / AFP

O governo da Nicarágua emitiu, na sexta-feira (16), uma norma polêmica que obriga as ONGs a trabalhar apenas em “alianças de associação” com entidades estatais.

A Nicarágua começou a endurecer as leis sobre associações civis após os protestos de 2018 contra o governo do presidente Daniel Ortega, que deixaram mais de 300 mortos em três meses, segundo a ONU.

O governo esquerdista de Ortega, que considerou os protestos uma tentativa de golpe de Estado promovida por Washington, afirmou que eles foram financiados por ONGs. Desde então, fechou 3.600 delas, entre elas a Cruz Vermelha da Nicarágua e instituições de caridade católicas.

"Nenhum programa ou projeto será objeto ou sujeito a isenções ou outros benefícios fiscais", ressaltou o governo da Nicarágua. Veículos de imprensa opositores editados no exílio criticaram a nova norma.

“As poucas organizações que se mantêm de pé terão que apresentar um projeto que seja conduzido em aliança com a ditadura sandinista na Nicarágua”, ressaltou o portal 100% Noticias.

 

Foto: Marcio Batista/MRE

Expulsa do Brasil na quinta-feira (8), a ex-embaixadora da Nicarágua Fulvia Castro será nomeada ministra do governo do presidente Daniel Ortega, segundo o governo nicaraguense. O afastamento da embaixadora aconteceu como forma de retaliação à expulsão do embaixador brasileiro em Manágua.

À frente da diplomacia nicaraguense no Brasil por cerca de três meses, Fulvia Castro será ministra de Economia Familiar, de acordo com a vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, também esposa de Ortega.

Bruno Souza da Costa, até então embaixador do Brasil em Manágua, foi expulso após não comparecer à celebração oficial dos 45 anos da Revolução Sandinista. O presidente nicaraguense, Daniel Ortega, é um ex-guerrilheiro do movimento.

De acordo com o Itamaraty, o embaixador brasileiro foi instruído a não comparecer ao evento porque, em abril, o Brasil congelou as relações com a Nicarágua pelo período de um ano em retaliação à prisão de padres e bispos no país. Ortega se negou a soltar um bispo após o Vaticano solicitar sua liberdade. O Brasil mediava as negociações.

 

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