Imagem: arquivo GA
A quantidade máxima de arroz que pode ser comprada por pessoa foi limitada em alguns estabelecimentos comerciais de Alagoas, como nas redes Unicompra, Atacadão e Palato. O motivo é a possibilidade de desabastecimento do produto, que é mais produzido no Rio Grande do Sul, cujas lavouras foram afetadas pelas enchentes. Ao todo, 70% do arroz brasileiro é produzido em terras gaúchas.
A Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA) disse que ainda é cedo para mensurar o impacto da tragédia no Rio Grande do Sul e suas consequências para o abastecimento de alimentos em Alagoas. Mesmo assim, o presidente da ASA, Raimundo Barreto, pediu para que seja adotado um consumo consciente e que ninguém faça estoque dos produtos.
“Acredito que hoje tem muita especulação também. É só uma questão de precaução, para não desabastecer a população de modo geral. É cedo ainda, muito cedo para a gente ter uma posição. Ainda é muito cedo para dizer como vai ficar o abastecimento. Vamos aguardar também”, disse Barreto.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil vai importar cerca de um milhão de toneladas de arroz da Tailândia, para que a quantidade do produto disponível seja regularizada e os preços sejam estabilizados.
Como problemas que levaram à decisão, Fávaro apontou a perda na lavoura, em armazéns que foram alagados e na dificuldade para escoar o produto, uma vez que as rodovias estão interditadas.
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Produtores de Arroz (Federarroz), Alexandre Velho, as enchentes trouxeram dificuldades na colheita, mas não faltará arroz nas prateleiras dos supermercados. “Não temos problemas com relação ao abastecimento do mercado interno”, afirmou. “Não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação.
Velho ainda disse que o Brasil é um grande produtor de arroz e que a área aumentou no Rio Grande do Sul e em outros estados produtores.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) afirmou que os estoques e as operações de abastecimento estão normalizados, mas que vai solicitar ao governo a abertura de importações para completar o abastecimento da população.