Recentemente, cientistas do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicaram um estudo na revista científica British Journal of Pharmacology, relacionado a uma molécula com potencial contra doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. A LASSBio-1911, como foi nomeada, teve resultados positivos com testes em animais e foi desenvolvida na própria UFRJ.
A molécula atua na proteção dos astrócitos, que são células do cérebro que dão suporte e nutrição aos neurônios e têm sido consideradas mais fundamentais para o funcionamento do órgão.
“Hoje sabemos que o astrócito é muito importante em diversos processos do cérebro. E na doença de Alzheimer ele perde uma série de funções. Nosso trabalho mostra que essa droga conseguiu fazer com que ele recuperasse essa capacidade perdida em animais”, contou a neurocientista e autora do estudo, Flávia Gomes. “Um dos motivos para o insucesso no desenvolvimento de fármacos hoje para o Alzheimer são os alvos. E a importância do nosso trabalho é identificar os astrócitos como um novo alvo para futuras drogas”, explicou.
Os testes em camundongos mostraram que a LASSBio-1911 melhorou o desempenho comportamental, reverteu a perda cognitiva e recuperou a função sináptica dos neurônios.
“Os passos futuros ainda são muito longos até se pensar num remédio para testes em fase clínica, estamos numa fase pré-clínica. Mas é um resultado animador, vejo essa droga como um substrato para ser melhorado ao longo do tempo”, disse Gomes.
A OpenAI aperfeiçoará o ChatGPT, dando-lhe a capacidade de ter “memória”, lembrando o que foi conversado com ele anteriormente. O novo recurso está em fase de testes para alguns poucos usuários da plataforma de inteligência artificial (IA), tanto na versão gratuita quanto na paga. A ideia é de que as conversas com os usuários sejam mais dinâmicas e as respostas e conteúdos sejam mais completos.
A memória do ChatGPT será, na prática, uma função de armazenamento de informações importantes, como temas de interesse e prompts antigos. Apesar disso, o próprio usuário precisa falar para a IA memorizar algo específico ou para que ela guarde dados relevantes dos chats.
A própria OpenAI citou exemplos, indicando que a plataforma saberá se o usuário prefere conteúdos resumidos ao final de um texto e não no início, que ele tem um empreendimento em determinado setor e que tem um filho que gosta de certo tipo de animal. No caso das empresas, o ChatGPT poderá liberar o tom de escrita favorito, por exemplo.
O novo recurso poderá ser desligado a qualquer momento. A empresa da IA garantiu que está trabalhando para que o chatbot não guarde dados muito privados, como questões íntimas, estado de saúde ou informações cadastrais. Ainda assim, é recomendado que o usuário não informe dados pessoais.