Alguns lobos foram pegos e colocados em zoológicos - (crédito: BBC)
Desde meados de abril, uma onda de ataques de lobos aterrorizou cerca de 30 vilas no distrito de Bahraich, perto da fronteira com o Nepal- na Índia. Até agora, nove crianças e um adulto foram pegos e mortos pelos lobos. A vítima mais jovem era um menino de um ano; a mais velha uma mulher de 45 anos. Pelo menos 34 pessoas ficaram feridas.
Homens patrulham as ruas mal iluminadas à noite. As autoridades usam drones, câmeras, armadilhas e fogos de artifício para espantar os lobos. Até agora, três lobos foram capturados e realocados para zoológicos. Esses ataques a humanos são extremamente raros e a maioria envolve lobos infectados com raiva, uma doença viral que afeta o sistema nervoso central. Um lobo raivoso normalmente faz vários ataques sem comer suas vítimas.
Localizado entre um rio e florestas, Bahraich é um habitat tradicional de lobos há muito tempo. O distrito, que abriga 3,5 milhões de pessoas, é propenso a inundações sazonais do rio Ghaghara.
Chuvas pesadas e inundações durante as monções alteraram drasticamente a paisagem. O rio inundado afetou as florestas, potencialmente expulsando os lobos em busca de comida e água. "A mudança climática é um processo gradual, mas as inundações podem levar a perturbações no habitat dos lobos, forçando-os a entrar em assentamentos humanos em busca de comida", diz Amita Kanaujia do Instituto de Ciências da Vida Selvagem na Universidade de Lucknow.
Porque as crianças são os principais alvos ?
Durante uma investigação sobre assassinatos de um grande número de crianças em ataques de lobos em vilas de Uttar Pradesh em 1996, especialistas em vida selvagem descobriram que havia supervisão mínima de crianças- porque a maioria das vítimas vinha de famílias pobres com um só adulto cuidador, geralmente mães.
Nessas vilas indianas pobres, o gado geralmente é mais protegido do que as crianças. Quando um lobo faminto vive em um habitat sem presas e com acesso limitado ao gado, crianças vulneráveis se tornam alvos mais prováveis. "Em nenhum outro lugar do mundo testemunhamos surtos de ataques de lobos a crianças", disse Yadvendradev Jhala, um importante cientista e conservacionista indiano.
Os atuais ataques de lobos em Uttar Pradesh são possivelmente a quarta onda desse tipo em quatro décadas.
Em 1981-82, ataques de lobos em Bihar custaram a vida de pelo menos 13 crianças. Entre 1993 e 1995, outras 80 crianças foram atacadas, dessa vez pelo que se acreditava serem cinco matilhas de lobos no distrito de Hazaribagh, na região. O episódio mais mortal ocorreu ao longo de oito meses em 1996, quando pelo menos 76 crianças de mais de 50 aldeias em Uttar Pradesh foram atacadas, resultando em 38 mortes.
Os ataques atuais em Uttar Pradesh têm uma semelhança assustadora com as descobertas anteriores. Como em Bahraich hoje, os ataques de lobo de 1996 ocorreram em aldeias perto de margens de rios, cercadas por fazendas de arroz e cana-de-açúcar e bosques pantanosos.
Especialistas em vida selvagem como Jhala aconselham que as crianças nas aldeias afetadas devem ficar dentro de casa, dormir entre os adultos se a moradia for inadequada e ser acompanhadas por um adulto ao banheiro à noite.
Os moradores devem evitar deixar crianças vagarem sem supervisão em áreas onde lobos podem estar se escondendo e nomear vigias noturnos para patrulhar as ruas. Enquanto isso, as pessoas em Bahraich permanecem nervosas todas as noites.
Vladimir Putin | Foto: Mikhail Metzel/Sputnik/Pool/via AP Photo
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na quinta-feira (5) que o Brasil, a China e a Índia poderiam atuar como mediadores em possíveis negociações de paz na guerra com a Ucrânia.
Falando no Fórum Econômico Oriental em Vladivostok, Putin sugeriu que um acordo preliminar alcançado entre negociadores russos e ucranianos nas primeiras semanas da guerra em negociações em Istambul, mas que nunca foi implementado, poderia servir de base para as negociações.
O presidente ressaltou, ainda, que a Rússia nunca recusou negociações de paz com a Ucrânia.
Autoridades suspeitam que a explosão tenha sido causada por um problema elétrico na usina | Reprodução/X
Uma explosão de grandes proporções causou um incêndio em uma fábrica farmacêutica no sul da Índia, resultando na morte de pelo menos 15 pessoas e deixando outras 40 feridas. A informação foi confirmada pela polícia local nesta quinta-feira (22).
O incidente ocorreu na fábrica da Escientia Company, localizada no distrito de Anakapalle, no sul do país. Os feridos foram hospitalizados, e alguns estão em estado crítico.
Autoridades suspeitam que a explosão tenha sido causada por um problema elétrico na usina. O governo estadual ordenou uma investigação para apurar as causas do acidente.
A Escientia Company, que opera há 5 anos, fabrica produtos químicos intermediários e ingredientes farmacêuticos ativos. Cerca de 380 funcionários trabalham na fábrica em dois turnos.
Médicos seguram cartazes durante um protesto em um hospital em Mumbai, após uma greve nacional ser declarada pela Associação Médica Indiana — Foto: Francis Mascarenhas/Reuters
Hospitais e clínicas em toda a Índia iniciaram uma paralisação de 24 horas neste sábado (17) em protesto contra o estupro e assassinato de uma médica no Hospital Universitário RG Kar, na cidade de Calcutá, no leste do país. Segundo a Reuters, mais de um milhão de profissionais da saúde devem se unir ao movimento.
A greve interrompeu o acesso a procedimentos médicos eletivos e consultas ambulatoriais, de acordo com comunicado da Associação Médica Indiana (IMA). Os atendimentos emergenciais continuam normalmente.
"As mulheres formam a maioria da nossa profissão neste país. Pedimos segurança para elas," disse o presidente da IMA, R. V. Asokan, à Reuters na sexta-feira (16).
Uma médica residente de 31 anos foi estuprada e morta na semana passada dentro da faculdade de medicina em Calcutá, onde trabalhava. Investigadores convocaram vários estudantes de medicina da universidade para apurar as circunstâncias do crime. Segundo a Reuters, um suspeito está sob custódia.
A violência sexual está sob os holofotes indianos desde o brutal estupro coletivo e assassinato de uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Délhi, em 2012. O ataque deu início a uma onda de protestos e inspirou leis mais severas para crimes de abuso.
Apesar disso, ativistas de direitos humanos dizem que o governo ainda não está fazendo o suficiente para proteger as mulheres e punir os agressores.
Ônibus ficou destruído após acidente com morte na Índia — Foto: AP
Uma batida envolvendo um ônibus e um caminhão de leite deixou 18 mortos na Índia, segundo as autoridades. O acidente aconteceu na madrugada desta quarta-feira (10). Segundo a imprensa local, outras 19 pessoas ficaram feridas.
A batida aconteceu em uma rodovia que fica no norte do país. Uma autoridade afirmou que existe a suspeita de que o ônibus estivesse acima da velocidade permitida. O veículo acabou batendo na traseira do caminhão.
Com o impacto, parte da lateral do ônibus se desprendeu, fazendo com que os passageiros fossem arremessados para fora do veículo.
Equipes de socorro foram enviadas para o local, e as vítimas foram transferidas para hospitais da região. O número de pessoas que estavam no ônibus ainda não foi divulgado.
As causas do acidente estão sendo investigadas.
Mortos por bebida adulterada na Índia - Foto: R. Satish Babu/AFP
Ao menos 63 pessoas morreram e mais de 100 foram hospitalizadas na Índia após o consumo de bebida alcoólica adulterada vendida em um mercado clandestino de uma pequena cidade do sul do país, segundo um balanço atualizado divulgado nesta quinta-feira (27).
O balanço anterior era de 56 mortos. As bebidas foram consumidas no distrito de Kallakurichi, no estado de Tamil Nadu. Algumas pessoas ficaram cegas, outras desmaiaram na rua e morreram antes de chegar ao hospital.
Os trabalhadores pobres, em sua maioria homens que trabalham na agricultura, compram 'arrack', uma bebida popular no sul e sudeste da Ásia, em sacos plásticos e bebem antes de seguir para o trabalho.
Eles compram bebida alcoólica nas ruas porque é mais barato que a vendida nas lojas oficiais.
Os partidos políticos do estado de Tamil Nadu trocaram acusações pelas mortes. Alguns deputados da oposição foram expulsos do Parlamento local depois que organizaram um protesto na quarta-feira para exigir a renúncia do chefe de Governo do estado.
A cada ano, centenas de pessoas morrem na Índia vítimas de bebidas alcoólicas baratas, produzidas de maneira irregular, mas este incidente é um dos mais graves já registrados.
Para tentar aumentar a potência, as bebidas ilegais são frequentemente misturadas com metanol, que pode causar cegueira, danos ao fígado e morte.
Acidente de trem na Índia mata oito pessoas Imagem: Reuters
Pelo menos oito pessoas morreram e 30 ficaram feridas depois que um trem de carga colidiu com um trem de passageiros no leste da Índia- nesta segunda-feira (17), segundo as autoridades locais.
O Expresso Kanchenjunga, que circula entre a cidade de Calcutá e Silchar, no nordeste do estado de Assam, foi atingido por um trem de carga ao sul da cidade de Siliguri, de acordo com o ministro-chefe de Bengala Ocidental, Mamata Banerjee.
As equipes de emergência correram para o local do acidente, que fica ao lado de uma cadeia de montanhas que leva a Darjeeling, um popular destino turístico, famoso por suas plantações de chá e vistas deslumbrantes do Himalaia.
Fotos da mídia local e vídeos da cena mostraram pelo menos um vagão tombado de lado, partes dele esmagadas em uma massa de metal retorcido. Outro carro pode ser visto subindo no ar em um ângulo íngreme acima de uma locomotiva.
Banerjee, o ministro-chefe local, escreveu no X que “médicos, ambulâncias e equipes de desastres foram levados às pressas para o local para resgate, recuperação e assistência médica”.
Sanchit Khanna/Hindustan Times via Getty Images
À medida que o calor recorde atinge o norte da Índia, o governo de Délhi foi forçado a racionar o fornecimento gratuito de água.
As temperaturas em Délhi têm oscilado acima de 40ºC já atingiram o máximo histórico de 49,9ºC- em uma área da capital, de acordo com o Departamento Meteorológico Indiano.
Pelo menos 33 pessoas, incluindo funcionários eleitorais em serviço, morreram de suspeita de insolação nos estados indianos de Bihar, Uttar Pradesh e Odisha nesta sexta-feira (31).
No hospital Ram Manohar Lohiya (RML), em Délhi, uma unidade de insolação com tanques de imersão a frio está tratando cada vez mais pacientes que sofrem de insolação extrema, exaustão e desidratação.
Os banhos de gelo e o ar condicionado do hospital podem ajudar alguns dos milhões de pessoas que não têm outra escolha senão enfrentar o calor de Délhi para ganhar a vida, mas apenas se chegarem rapidamente ao hospital.
“A taxa de mortalidade por insolação é muito, muito alta, está perto de 60% a 80%”, disse Ajay Shukla, superintendente médico do hospital, à CNN.
“As pessoas podem sobreviver se receberem cuidados médicos imediatos e muito precoces, e isso envolver o resfriamento rápido do corpo.”
A maioria dos pacientes com insolação do hospital vem de comunidades mais pobres, onde os trabalhadores não têm outra escolha senão passar longos períodos sob o sol do verão.
A tendência é “uma manifestação clara dos crescentes impactos das alterações climáticas”, afirma Farwa Aamer, diretora de iniciativas do Sul da Ásia no Asia Society Policy Institute.
Bombeiros combatem um incêndio em um hospital infantil - Foto: Corpo de Bombeiros de Délhi
Pelo menos seis recém-nascidos morreram por conta de um incêndio em um hospital infantil na capital indiana, Nova Délhi, no sábado (25), disseram autoridades locais.
O chefe dos bombeiros, Atul Garg, informou à CNN que doze recém-nascidos foram resgatados, mas seis acabaram falecendo. Informou também que um dos bebês salvos está em estado grave e os outros cinco estão recebendo cuidados médicos.
Os bebês resgatados não foram identificados porque as autoridades ainda não encontraram seus registros de nascimento, comentou Garg. Não está claro se os documentos foram destruídos no incidente.
Os bombeiros de Délhi disseram que receberam uma ligação às 23h32, no horário local, e nove caminhões da equipe direcionados às pressas ao chamado.
O incêndio começou em um prédio vizinho, mas a causa exata ainda não foi determinada.
Homem indiano bebendo água | Foto: ANI
Duas pessoas morreram com suspeita de insolação no estado de Kerala, na Índia, que registrou 41,9°C, uma temperatura quase 5,5°C acima do normal. Segundo um jornal indiano local, as vítimas são um homem de 53 anos e uma mulher de 90 anos. O processo para averiguar a causa das mortes ainda está em andamento.
As autoridades da localidade já esperavam que as temperaturas em Kerala fossem mais altas do que o normal e emitiram avisos para que os cidadãos tomassem os devidos cuidados contra o calor, inclusive ficar em casa. No estado de Tamil Nadu, um político local chegou a distribuir frutas frescas, bebidas geladas e cocos para ajudar as pessoas a se refrescarem.
Segundo o departamento meteorológico da Índia, entre este mês de abril e junho deve haver mais dias com ondas de calor do que o normal. No período de tempo indicado as temperaturas geralmente caem.
No estado de Odisha, duas pessoas morreram por insolação neste verão. Ontem (28), foi registrada a temperatura mais alta em abril: 44,9°C.