Foto: Pixabay
Nesta quinta-feira (30), a Igreja Católica celebra a festa de Corpus Christi, do Corpo de Cristo, em honra do sacramento da Eucaristia. Sendo um dia de preceito, é obrigatório que os católicos participem da Santa Missa e busquem santificar o dia. Em Palmeira dos Índios, a celebração terá início às 15h, no Ginásio Esportivo do Centro Educacional Cristo Redentor, no bairro São Cristóvão.
Depois da missa rezada no ginásio, haverá a tradicional procissão pelas ruas da cidade, seguindo em direção à Catedral Diocesana Nossa Senhora do Amparo. Na igreja-mãe da diocese, a festa solene será encerrada com a bênção do Santíssimo Sacramento.
A festa de Corpus Christi foi instituída em 1264, pelo Papa Urbano IV, e foi fruto natural da devoção cada vez maior à Santa Missa e à Eucaristia. Ela também foi uma resposta da Igreja às heresias contrárias à presença real de Cristo na Eucaristia, como as propagadas por Berengário de Tours e pelos cátaros.
O milagre de Bolsena, na Itália, onde a hóstia consagrada começou a sangrar sobre as mãos de um padre incrédulo, também contribuiu para a universalização da festa. Conta-se que um sacerdote, que tinha dificuldades em acreditar na presença de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia, viu a hóstia sangrar em suas mãos momentos depois de proferir as palavras da consagração.
A Santíssima Eucaristia é o sacramento no qual estão contidos verdadeiramente o corpo e o sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, escondidos sob as espécies do pão e do vinho.
É em torno da Eucaristia, do Corpus Christi, que a vida do católico deve se ordenar e se desenvolver, sendo assim o centro da vida cristã.
Marcha dos Prefeitos de 2023 - Foto: Divulgação
A 15ª Marcha dos Prefeitos está prevendo receber o maior número de gestores de todas as marchas já realizadas em Brasília. O evento está marcada para o período de 20 a 23 deste mês e a Confederação Nacional dos Municípios decidiu disponibilizar dois pisos do Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB). Um deles será destinado ao debate político, o que engloba o palco principal, e o outro reunirá as arenas temáticas e os atendimentos técnicos.
Com a expectativa de receber cerca de mais de sete mil pessoas em quatro dias de Marcha, a área total do evento será ampliada, somando cerca de 12,4 mil metros quadrados. Após fazerem o credenciamento no evento, todos os participantes terão acesso aos dois níveis. O tema do evento será Pacto Federativo: um olhar para a população desprotegida.
Ao longo do evento devem ser discutidas questões como: trabalho social com famílias e gestão de recursos; financiamentos do SUS, mudanças e tendências; financiamento da educação; reforma tributária, além do panorama das Obras Paradas Municipais e Gestão de Obras.
De acordo com o portal da Confederação Nacional dos Municípios, entre as autoridades convidadas estão o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente da Câmara, Deputado Arthur Lira; presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; presidente e ministro do STF, Luis Roberto Barroso e o ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho.
Sr. Geildo Araújo durante a entrevista | Foto: Márcio Lima/Portal Rádio Sampaio
Na manhã da última quarta-feira (31), teve início a 21ª Cavalgada de Nossa Senhora do Bom Conselho, que saiu de Bom Conselho (PE) e tem Arapiraca (AL) como destino. Na noite de ontem, os participantes pernoitaram em Palmeira dos Índios, na Escola Estadual Graciliano Ramos. Na manhã de hoje (1°), o presidente da Associação dos Criadores de Cavalo de Sela de Arapiraca (Acesa), Geildo Araújo, concedeu uma entrevista ao Portal Rádio Sampaio e falou como tem sido essa edição do evento cultural e religioso.
“O percurso transcorreu normalmente, sem nenhum incidente, graças a Deus. Todos os cavaleiros chegaram aqui com a maior tranquilidade, com saúde, com paz”, contou Araújo, que também revelou que alguns dos cavalos ficaram cansados por conta do clima mais quente. “Nós temos carros de apoio e esses cavalos que têm esse desconforto, a gente já embarca eles”, explicou. Enquanto os participantes passaram a noite na escola, os animais puderam descansar no Parque São José, ao lado da casa de shows Aquarius.
Cavalos descansando no Parque São José, em Palmeira dos Índios | Foto: Márcio Lima/Portal Rádio Sampaio
Durante a estadia dos mais de 600 cavaleiros e amazonas em Palmeira, a imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho ficou em uma igreja da cidade. Ainda na manhã de hoje, ela foi levada até o Parque São José, onde os participantes se concentraram, para que a peregrinação pudesse continuar a partir das 8h.
Segundo Geildo, todo o trajeto tem cerca de 96 km, mas a distância e o clima mais quente não têm impedido a Cavalgada de avançar. “Estamos preparados novamente para mais um trecho, que é aqui de Palmeira dos Índios até Coité das Pinhas, onde vamos fazer o nosso segundo almoço”, declarou.
Depois de Coité das Pinhas, em Igaci, a Cavalgada segue até a Vila São José, em Arapiraca. Lá, os participantes irão passar a noite. A chegada ao destino final deve ocorrer apenas amanhã (2), quando a imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho será deixada inicialmente na igreja da Massaranduba, durante o horário de almoço, para depois ser levada até a Concatedral que leva o seu nome.
“É uma tradição e principalmente de fé e religiosidade”, disse Geildo.
O percurso percorrido pela Cavalgada de Nossa Senhora do Bom Conselho refaz o trajeto feito pelo fundador de Arapiraca, Manoel André, quando foi à cidade pernambucana para buscar a imagem de Nossa Senhora da Guia para sua esposa, posteriormente levando-a até a capital do agreste alagoano, que tem a Santíssima Virgem do Bom Conselho como sua padroeira.
A 21ª edição do evento conta com segurança tanto para os cavaleiros e amazonas, com a Cavalaria da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) e uma ambulância, quanto para os animais, que contam com assistência veterinária.
Os cavalos também têm uma boa quantidade de feno para se alimentarem durante as paradas.
Abaixo, ouça a entrevista com o sr. Geildo Araújo.
A seguir, assista a um trecho da entrevista.
Vídeo: Márcio Lima/Portal Rádio Sampaio
Foto: Divulgação / TV Brasil
A lei brasileira prevê que conteúdos referentes a história e cultura afro-brasileira devem ser ministrados em todas as etapas escolares, da educação infantil ao ensino médio, marcando presença em todas as disciplinas. Implementar a lei 10.639/03, no entanto, segue sendo um desafio para o país, mesmo após 21 anos de aprovação.
Especialistas entrevistados pela Agência Brasil trazem orientações sobre como levá-la para as salas de aula e mostram que a implementação vai além de conteúdos formais e passa, às vezes, apenas pela promoção de diálogo entre os próprios alunos e por abordagens por parte dos professores que considerem as diferentes realidades.
Educação infantil
Na educação infantil, etapa que compreende a creche e a pré-escola, segundo a professora e escritora Sheila Perina de Souza, a literatura tem sido uma porta fundamental para a implementação da lei 10.639/03. Além dos livros, é possível trabalhar as artes, a música e também as danças.
A coordenadora executiva adjunta da Ação Educativa, Edneia Gonçalves, acrescenta que- nesta etapa- é preciso também, estar atento às referências que são apresentadas às crianças, aos personagens que são apresentados, garantir que também se assemelhem às próprias crianças e às famílias. Verificar também como os personagens negros aparecem nas histórias infantis e que tipos de heróis são apresentados.
Ensino fundamental
O ensino fundamental compreende do 1º ao 9º ano, período em que as crianças aprendem a ler e, também, período em que passam a ter mais um professor e começam a fazer uma transição para o ensino médio, deixam infância e entram na adolescência.
Também nesta etapa, segundo Edneia Gonçalves, é preciso olhar para os textos que são apresentados e, caso eles possuam conteúdos racistas, isso deve ser apontado, contextualizado e discutido.
A aplicação da lei vai além das áreas de humanidades, devendo ser considerada nas exatas e nas ciências.
Ensino médio
O ensino médio é a última etapa da educação básica. É também a etapa com as maiores taxas de evasão. “O ensino médio tem o enorme desafio da juventude negra, as suas culturas, como é que a gente está trabalhando a cultura negra juvenil”.
Nesta etapa, a coordenadora Edneia Gonçalves ressalta que também é importante que seja feita uma educação antirracista, que redesenhe a narrativa da história brasileira, trazendo a perspectiva da resistência da população negra. Nesse sentido é importante conhecer e levar para as salas de aula as histórias traçadas pelos movimentos sociais.
Lúcio Medeiros em uma cavalhada | Foto: cortesia ao Portal Rádio Sampaio
Com um pano de fundo histórico riquíssimo, uma religiosidade forte e uma tradição que permanece firme em todas as suas regras, a Cavalhada surgiu ainda no medievo e veio para o Brasil, sendo parte da cultura de diversos estados e cidades, inclusive de Palmeira dos Índios, cuja Câmara de Vereadores chegou a discutir esse espetáculo como patrimônio imaterial do município.
Mas o que é a cavalhada e como ela saiu do medievo e veio parar em terras palmeirenses?
A cavalhada tem sua origem no conflito entre católicos e muçulmanos na conquista pela Terra Santa. “É uma luta de território e uma luta religiosa, onde a Igreja participa. E por causa disso é que eu trago a cavalhada como religiosidade”, explica a profª. Ana Cristina, da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), que escreveu o livro Cavalhadas em Alagoas: religiosidade e memórias coletivas. “O credo católico contra o islã. Daí a gente tem a luta dos mouros e dos cristãos”, continua.
Profª. Ana Cristina | Foto: Márcio Lima
Com o tempo, os embates começaram a ser representados, com os cristãos sendo cavaleiros vestidos de azul e os mouros, cavaleiros vestindo vermelho, constituindo a chamada “cavalhada de partido”. As atividades possuíam - e possuem até hoje - suas regras. De acordo com a profª. Cristina, apenas homens católicos podem participar das atividades, que também exigem que apenas cavalos sejam utilizados e não éguas. Desta forma, o conflito original continua sendo bem replicado.
“Ela tem suas tradições, ela tem suas regras. Há algumas regras diferenciadas das outras, mas ela tem regras, ela tem ritos. E esses ritos são diretamente ligados à religião católica, à Igreja, ao santo padroeiro”, disse a docente.
A cavalhada chega ao Brasil no século XVI, com os jesuítas, por uma condição imposta pela rainha. “Os portugueses trouxeram para o Brasil as culturas religiosas, principalmente as culturas religiosas; as tradições pelos santos, as procissões… e dentro desse contexto da religiosidade popular, não podia faltar a cavalhada”, explicou a professora.
Capitanias hereditárias | Foto: Agência O Globo
Depois de chegar ao solo do que viria a ser o Brasil, a cavalhada se espalhou e chegou até a capitania hereditária de Pernambuco, que incluía o território do que hoje é o estado de Alagoas. Dentro dessa região, nas primeiras áreas onde a cavalhada chegou, estava o que hoje é a cidade de Palmeira dos Índios.
“Não se tem nem dia, nem data [de quando chegou], mas a gente sabe que Palmeira dos Índios é um dos celeiros, porque Palmeira dos Índios pertence justamente às primeiras áreas que existiam as cavalhadas”, explicou a professora.
O tempo passou e a cavalhada foi passada de pai para filho, através das gerações, até chegarmos aos nossos dias, onde elas acontecem com mais frequência, em Palmeira e em todo o estado de Alagoas. Floro Augusto (45), é um exemplo de alguém que seguiu a tradição da família: seu pai, José Augusto, era cavaleiro e ele, depois de crescido, também começou a participar e organizar as cavalhadas.
Floro durante uma cavalhada | Foto: cortesia ao Portal Rádio Sampaio
“Meu pai foi cavaleiro, eu segui o meu pai. O tempo que eu tive com ele, eu sempre segui. Chegou o tempo em que a cavalhada deu uma caída nas apresentações, então depois eu fui correr a argolinha”, contou Floro. “Segui por mais de 10 ou 12 anos, depois eu retornei. Depois eu comecei a gostar da cavalhada, a cavalhada de partido [...] aí foi quando eu voltei para o centro da cavalhada e disse ‘essa aqui é o que eu quero, era o que meu pai queria, o que meu pai praticava, então é essa aqui que eu quero’”, continuou.
Floro organiza as atividades não apenas em Palmeira, mas também em outras cidades de Alagoas. “Tem outras cidades que nos convocam e a gente vai lá, faz um esforçozinho para que a cavalhada fique “flutuando”, né?! A qualidade seja mais perfeita”, afirmou o cavaleiro.
Lúcio Medeiros (34), que também é cavaleiro, disse que iniciou sua vida na cavalhada ao ver seus tios, assim como Floro e seu pai. “Os meus tios corriam e eu ia desde muito cedo acompanhando os meus tios. E aí a cavalhada faz parte também da minha vida e vai fazer do meu filhinho, que tem aí, que já tem quatro meses e daqui a pouco tá correndo comigo aí, nas pistas”, disse.
Além de participar em sua terra natal, ele também participa das que são organizadas em outras regiões do estado. Segundo ele, é uma maneira de divulgar essa cultura e formar fortes vínculos de amizade.
Como dito anteriormente, as cavalhadas seguem ritos específicos para cada modalidade. É preciso que ela seja sempre acompanhada do som da zabumba e, segundo a profª. Cristina, seu início deve ser anunciado por foguetes. Mas as regras vão além disso: os cavaleiros não podem descer do cavalo durante a cavalhada, exceto com alguma permissão; o modo como as lanças são levadas também variam.
“Existem também carreiras específicas, que é a carreira do abraço, para simbolizar a paz entre mouros e cristãos e também dos cavaleiros que estão participando do evento; existe a carreira dos punhais; existe a carreira do lenço branco; então é uma série de ritual [sic] para tornar ela mais tradicional e repetir o que os nossos antepassados faziam”, explicou Lúcio.
Ainda conforme foi dito pelo cavaleiro, cada carreira tem um significado. “A argola, por exemplo, que está ali pregada, ela significa o coração do inimigo, de quando os cavaleiros acertavam com as lanças. Então a gente tenta, como a cavalhada não deixa de ser um teatro, a gente tenta fazer o mais específico possível”.
A seguir, ouça a entrevista completa, exclusiva para o Portal Rádio Sampaio, com a profª. Cristina e com os cavaleiros Floro e o Lúcio.
Abaixo, assista a um trecho da entrevista com a profª. Ana Cristina.
Paulo Marques e Rafael- Foto: Assessoria
Uma postagem feita no Instagram do CSE, nesta sexta-feira (20), chamou atenção da torcida tricolor de Palmeira dos Índios. Conforme a publicação, o diretor de Marketing e Gestão do clube, Paulo Marques, viajou a Recife-PE para finalizar a contratação de um grande jogador. “Referida contratação será considerada como uma das maiores da história do clube,” cita o texto.
Em outro trecho, há o seguinte relato: “na oportunidade, se reuniu com o sr. Rafael, representante do jogador e de suas empresas. As partes saíram animadas com a reunião, e o desfecho está próximo!”.
O CSE, entretanto, mantém o mistério sobre esse jogador que está acertando com a equipe tricolor. O Portal Rádio Sampaio manteve contato com Paulo Marques, que confirmou a negociação, não revelou detalhes. “A viagem também serve para expandir a marca do clube. Visitando alguns clubes aqui de Recife e tentando novas parcerias.” Sobre os clubes visitados, são eles Náutico e Retrô.
O CSE segue firme no mercado da bola, fechando contratações para a temporada 2024, quando disputará Copa Alagoas, Campeonato Alagoano e Série D do Brasileiro.
Foto: Pedro Ivon
Hoje (12), o Brasil comemora a festa de sua padroeira: Nossa Senhora Aparecida. Inúmeros fiéis fazem peregrinação até o Santuário Nacional, em Aparecida (SP), seja para honrar a Santa Mãe de Deus ou para conhecer o local e a imagem milagrosa que foi encontrada no Rio Paraíba. Mas qual a história, desde o seu encontro nas águas até a sua devoção a nível nacional?
A história teve início em 1717, quando João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, todos pescadores, foram encarregados de conseguir peixes para o banquete que a Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá iria oferecer ao conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida e Portugal, que era governador da província de São Paulo e Minas Gerais. O conde visitaria a região entre 17 e 30 de outubro daquele ano.
Durante a pescaria, as redes trouxeram o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e, posteriormente, rio abaixo, a sua cabeça. Depois disso, João, Felipe e Domingos, que ainda não haviam conseguido pescar nada, encheram suas redes com uma grande quantidade de peixes.
As partes da imagem da Imaculada foram levadas para Silvana da Rocha, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de João, que reuniu as duas partes com cera, colocando a estatueta em um altar, na casa da família, e agradecendo pelo milagre dos peixes.
Naquele local, os moradores da região começaram a se reunir aos sábados, dia dedicado à Virgem Santíssima, para rezar o terço e cantar a ladainha de Nossa Senhora.
Desde que foi encontrada até 1732, a imagem peregrinou pelas regiões de Ribeirão do Sá, Ponte Alta e Itaguaçu. Em 1732, Felipe Pedroso entregou a imagem a seu filho, Atanásio, que construiu o primeiro oratório aberto ao público.
Com o tempo, o oratório e os milagres realizados através da imagem, a devoção a Nossa Senhora “Aparecida” das águas, como era conhecida, se expandiu mais, até que o vigário de Guaratinguetá, Pe. José Alves Vilela, junto a alguns devotos, construiu uma pequena capela, em 1740. No local, os fiéis rezavam o terço e as ladainhas, mas a Santa Missa ainda não era celebrada.
Em 1743, o Pe. Vilela relatou ao bispo do Rio de Janeiro, Dom Frei João da Cruz, os milagres que já haviam ocorrido e falou sobre a devoção do povo para com Nossa Senhora Aparecida. Com o relatório, o padre pedia a autorização do culto à Santa e a construção da primeira igreja em honra àquele título.
A aprovação ocorreu em 5 de maio daquele mesmo ano e a inauguração da igreja ocorreu em 26 de julho de 1745.
Após a construção da primeira igreja, outros templos foram construídos pelo Brasil, em honra a Nossa Senhora Aparecida.
Posteriormente, figuras ilustres, como Dom Pedro I, Dom Pedro II, a imperatriz Teresa Cristina e a Princesa Isabel, visitaram o Santuário em Aparecida. O primeiro imperador do Brasil visitou o local quando ainda era príncipe regente; diante da imagem milagrosa, ele prometeu consagrar o Brasil, caso resolvesse favoravelmente sua situação política. Quinze dias depois, a Independência foi proclamada.
A Princesa Isabel, herdeira do trono brasileiro, participou das celebrações de Aparecida em 1868, na esperança de obter a graça de ter um filho. Como sinal de devoção, Isabel doou um manto com 21 brilhantes, representando as 20 províncias do Império do Brasil e a capital.
Em 1884, a princesa voltou a Aparecida, pois havia alcançado a graça pedida. No Santuário, acompanhada do esposo e dos três herdeiros, Isabel ofereceu à imagem de Nossa Senhora Aparecida uma coroa de ouro 24 quilates, cravejada de brilhantes. Anos depois, em 1904, o Papa São Pio X ordenou a solene coroação da imagem milagrosa com essa mesma coroa.
Basílica velha | Imagem: reprodução/Portal A12
Foi em junho de 1888 que o bispo de São Paulo, Dom Lino D. R. de Carvalho, inaugurou a Igreja de Monte Carmelo, conhecida hoje como a Basílica Velha. Essa igreja foi reformada e ampliada em 1768 e recebeu aquarelas do pintor Thomas Ender em 1817, quando ele passou pelo Santuário.
A criação da Paróquia de Aparecida e a concessão à basílica do título de Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, ocorreu em 1893 e foi assinada por Dom Lino.
Em 1904, ocorreu a coroação da imagem da Mãe Aparecida, reunindo aproximadamente 15 mil pessoas, 12 bispos e centenas de padres. Na ocasião, a Missa foi celebrada pelo Núncio Apostólico, Dom Júlio Tonti, e a coroação foi feita pelo então bispo de São Paulo, Dom José de Camargo.
Em 1895, Leão XIII fixou as celebrações da festa da Santa apenas para o primeiro domingo de maio. Em 1906, São Pio X concedeu a realização de missa e ofício dedicados a Nossa Senhora Aparecida. Com isso, o título foi introduzido no Missal Romano e no Breviário da Igreja Católica.
Em 1925, Pio XI concedeu indulgências plenárias aos fiéis que visitassem o Santuário. Os sacerdotes que acompanhavam as peregrinações receberam a autorização de celebrar uma Missa votiva solene, no altar da imagem milagrosa, com o intuito de favorecer a piedade e a devoção dos fiéis.
Cerimônia solene em celebração à proclamação da padroeira | Foto: CDM/Santuário Nacional
Em 1930, Nossa Senhora Aparecida foi finalmente proclamada padroeira do Brasil, pelo Papa Pio XI. O decreto do Sumo Pontífice foi comemorado em 1931, com uma celebração na Esplanada do Castelo, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A cerimônia contou com a presença do então presidente do país, Getúlio Vargas.
Em 1978, um jovem identificado como Rogério Marcos de Oliveira (19) foi até o Santuário, durante a noite, e quebrou o vidro do nicho de Nossa Senhora Aparecida, pegando a imagem. Ao ser flagrado pelo guarda do templo, o criminoso soltou a imagem, que se partiu em mais de 200 partes.
A estatueta foi reconstruída em 33 dias, pela restauradora Maria Helena Chartuni, e voltou ao Santuário em julho de 1979.
A construção do novo Santuário Nacional teve início em novembro de 1955 e a primeira Missa no templo ocorreu em setembro de 56. O atendimento aos romeiros começou a ser feito em 21 de junho de 1959.
As atividades religiosas passaram a ser realizadas na nova basílica, de maneira definitiva, em outubro de 1982, quando a imagem milagrosa de Nossa Senhora foi transferida da antiga basílica para a nova, onde permanece até hoje.