Foto: reprodução

Na tarde de hoje (26), autoridades bolivianas prenderam o general Juan José Zuñiga, responsável pela tentativa de golpe de Estado que levou militares e tanques a invadirem o palácio presidencial da Bolívia. A prisão foi testemunhada por um membro da agência de notícias Reuters.

Não se sabe para onde Zuñiga foi levado.

O general era comandante-chefe do Exército boliviano desde 2022, mas foi destituído do cargo na última terça-feira (25), pelo presidente Luis Arce, após fazer declarações contra o ex-presidente Evo Morales, dizendo que o prenderia caso ele viesse a ser novamente eleito como chefe do Executivo boliviano.

Na última quarta-feira (17), o comandante do Exército brasileiro, general Tomás Paiva, participou de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele exaltou a gestão de recursos das Forças Armadas e fez uma comparação entre os gastos para manter um quartel e as despesas de universidades.

“Hoje, a gente gasta nos quarteis para alimentar a nossa tropa R$ 11,65 por dia. Não é nada. Por homem, por dia, todas as refeições. Eu convido os senhores a entrar em qualquer quartel. Vai ao norte de Minas Gerais, Montes Claros; entra em um quartel no meio da selva”, disse Paiva. “Vamos entrar em uma universidade qualquer para ver como está, em termos de manutenção, e ver quanto se gasta para manter um quartel e quanto se gasta para manter uma universidade”.

Em 2023, o Exército gastou 85% de seus orçamentos com pagamento de pessoal. Os oficiais ainda possuem direito a ajuda de custo de até R$ 300 mil, que inflam seus salários em detrimento de praças e militares de patentes baixas.

Foto: Exército Brasileiro/divulgação

50 generais receberão R$ 4 milhões do Comando do Exército, como uma ajuda de custo para mudar de cidade. Segundo a Folha de S. Paulo, os valores variam de R$ 12,4 mil a R$ 151,1 mil por general, com o Exército ainda enviando uma verba extra ou contratando caminhões para o transporte dos bens pessoais dos militares, por fora da ajuda de custo. Na prática, o valor é recebido por militares como penduricalho para aumentar salários.

Previsto em lei, o recurso não é calculado com base nas despesas para a mudança de local dos generais, mas em seus salários. A verba recebida acaba aumentando as remunerações das patentes mais altas em benefício que opõe oficiais a praças. As movimentações costumam ocorrer a cada dois anos.

Segundo a lei, os militares que tiverem dependentes devem receber duas vezes o valor da remuneração como auxílio. Aqueles que forem se mudar para uma cidade de categoria A, com deslocamento mais complexo, o valor recebido é de quatro vezes o salário do general. Caso o militar não tenha filhos, o dinheiro é cortado pela metade.

De acordo com a Folha, o general Wellington Franco de Souza é quem receberá o maior valor, de R$ 151,1 mil. Ele está atualmente na chefia do Estado-Maior do Comando Militar do Norte, em Belém (PA) e irá para a chefia de Material de Aviação do Exército, em São Paulo (SP). Outros 10 generais receberão recursos acima de R$ 100 mil.

Reserva oitoplica o último salário

Quando o militar vai para a reserva, o valor, por lei, é de oito vezes o último salário do último posto. O saldo chega a R$ 300 mil em generais de quatro estrelas. O benefício, dobrado pelo Congresso, em acordo com o governo do então presidente Jair Bolsonaro, serve como uma espécie de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os militares.

Apesar disso, o Fundo foi criado para que os trabalhadores de carteira assinada tivessem uma garantia de recursos caso fossem demitidos. Por esse mesmo motivo, servidores públicos em regime estatutário não têm direito ao FGTS.

Visão dos militares

Os militares ouvidos pela Folha veem a ajuda de custo como uma atratividade no Exército, tendo em vista as dificuldades e mudanças constantes de cidade que existem, além da instabilidade da profissão, que acaba gerando prejuízos às famílias.

Além disso, eles acreditam que o benefício compensa o fato dos militares não receberem pelas horas extras trabalhadas e ajuda a reorganizar a vida dos filhos, com matrículas em escolas.

Em nota, o Exército disse que todas as movimentações com ajuda de custo e transporte seguem a legislação vigente.

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