REUTERS/Mohammad Ponir Hossain

As inundações em Bangladesh mataram cerca de 71 pessoas e deixaram milhões ilhadas em áreas devastadas. O desastre também causou uma preocupação crescente de surtos de doenças transmitidas pela água.

De acordo com os números divulgados, mais de 580 mil famílias ainda estão isoladas em 11 distritos atingidos pelas enchentes e precisam urgentemente de alimentos, água potável, medicamentos e roupas secas.

Cerca de 500 equipes médicas estão ajudando a fornecer tratamento, com o Exército, a Força Aérea, a Marinha e a Guarda de Fronteira auxiliando nos esforços de socorro.

As autoridades agora estão se concentrando em evitar a disseminação de doenças transmitidas pela água, uma consequência comum de tais desastres, e em garantir a disponibilidade de água potável.

A Diretoria Geral de Serviços de Saúde informou que cerca de 5 mil pessoas foram hospitalizadas nas últimas 24 horas devido a casos de diarreia, infecções de pele e picadas de cobra.

As fortes chuvas que caíram na capital, Daca, nesta terça-feira (3), inundaram muitos distritos, submergindo as estradas em água até a altura dos joelhos e da cintura, causando enormes engarrafamentos à medida que os veículos lutavam para atravessar as ruas alagadas.

Culturas no valor de 282 milhões de dólares foram danificadas, afetando mais de 1,4 milhão de agricultores, de acordo com uma avaliação preliminar do Ministério da Agricultura.

Md. Rakibul Hasan Rafiu/NurPhoto via Getty Images

O número de mortos em protestos em Bangladesh subiu para trezentas pessoas no domingo (4), de acordo com informações da Reuters e da agência de notícias AFP.

Bangladesh foi engolido por protestos e violência que começaram no mês passado depois que grupos estudantis exigiram o fim de um controverso sistema de cotas em empregos governamentais.

As manifestações se transformaram em uma campanha para buscar a saída da primeira-ministra Sheikh Hasina, que ganhou um quarto mandato consecutivo em janeiro em uma eleição boicotada pela oposição.

Estudantes protestando em Bangladesh convocaram uma marcha até a capital, Daca, nesta segunda-feira (5), desafiando o toque de recolher nacional, um dia após confrontos mortais no país do sul da Ásia.

Veículos blindados de transporte de pessoal e tropas patrulhavam as ruas da capital nesta segunda-feira, como mostrou a Reuters. Havia pouco tráfego civil, exceto algumas motocicletas e táxis de três rodas.

Domingo com muita violência

Outras centenas de pessoas ficaram feridas no domingo em uma onda de violência pelo país de 170 milhões de pessoas- enquanto a polícia disparava gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar dezenas de milhares de manifestantes.

A partir da noite de domingo, um toque de recolher nacional foi imposto, as ferrovias suspenderam os serviços e a enorme indústria de vestuário do país fechou.

O número de mortos no domingo, que incluiu pelo menos 13 policiais, foi o maior em um único dia de protestos na história recente de Bangladesh, superando as 67 mortes relatadas em 19 de julho, quando estudantes foram às ruas contra as cotas.

 

Protestos estudantis em Bangladesh — Foto: Mohammad Ponir Hossain/Reuters

Bangladesh decretou toque de recolher e mobilizou militares para conter uma onda de protestos que ganhou força nesta sexta-feira (19), sem que a polícia conseguisse impedir as passeatas e a invasão de uma prisão, nem sufocar os distúrbios, que já deixaram 105 mortos.

O país enfrenta uma mobilização que começou neste mês, com protestos de estudantes contra um sistema de cotas que reserva mais da metade dos cargos públicos a alguns setores da sociedade, incluindo os filhos dos veteranos da guerra de libertação de 1971 contra o Paquistão.

As manifestações resultam de uma mobilização mais ampla, que representa um desafio para o governo autocrático da primeira-ministra Sheikh Hasina, no poder há 15 anos.

"O governo decidiu impor um toque de recolher e enviar o Exército para ajudar as autoridades civis", disse à AFP Nayeemul Islam Khan, secretário de imprensa da primeira-ministra.

O anúncio do governo foi feito depois que a polícia da capital, Daca, proibiu as reuniões públicas, para tentar frear os protestos.

"Proibimos todas as manifestações, passeatas e reuniões públicas em Daca hoje", disse o chefe de polícia Habibur Rahman à AFP, acrescentando que a medida era necessária para garantir a segurança pública.

Isso não impediu outra rodada de confrontos entre a polícia e os manifestantes na metrópole de 20 milhões de habitantes, apesar de uma interrupção da internet com o objetivo de impedir a organização de manifestações.

"Nosso protesto continuará", disse Sarwar Tushar, que participou de uma marcha na capital e sofreu ferimentos leves quando foi violentamente dispersado pela polícia, segundo ele.

Incêndio em prédio mata 43 pessoas em Bangladesh                   Foto: Reuters

 

Um grande incêndio atingiu um prédio de seis andares na capital de Bangladesh, Daca, na noite desta quinta-feira (29), matando ao menos 45 pessoas e ferindo dezenas, disse o ministro da Saúde do país.

O incêndio teve origem em um restaurante e rapidamente se espalhou para outros andares, segundo os bombeiros.

Outras 22 vítimas estão sendo tratadas em hospitais com queimaduras, adicionou a ministra da Saúde, Samanta Lal Sen, aos repórteres depois de visitar o Dhaka Medical College Hospital.

Todas as 22 pessoas internadas com queimaduras graves estão em estado crítico, acrescentou Sen.

Não ficou imediatamente claro o que causou o incêndio, que foi controlado após duas horas de esforços frenéticos de 13 unidades de combate a incêndios, de acordo com os bombeiros.

O sobrevivente Mohammad Altaf contou aos repórteres que escapou por pouco do incêndio através de uma janela quebrada. Dois de seus colegas de trabalho morreram, relatou.

“Quando o incêndio começou, nosso caixa e os militares fizeram com que todos saíssem. Mas os dois morreram depois. Fui até a cozinha, quebrei uma janela e pulei para me salvar”, pontuou Altaf.

Os bombeiros usaram um guindaste para resgatar pessoas do prédio.

O Diretor do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de Bangladesh, Brigadeiro General Main Uddin, disse que o incêndio pode ter se originado de um vazamento de gás ou fogão.

“Era um edifício perigoso, com botijões de gás em todos os andares, até nas escadas”, ressaltou aos repórteres.

O intenso escrutínio de Bangladesh e dos principais retalhistas internacionais de vestuário que fabricam no país ajudou a evitar novas catástrofes no setor de vestuário desde que um incêndio em 2012 e o desabamento de um edifício em 2013 mataram mais de 1.200 trabalhadores.

Mas, em outras indústrias, principalmente destinadas à economia doméstica em expansão do Bangladesh e sem igual ênfase na segurança, centenas de pessoas morreram em incêndios nos últimos anos.

Os incêndios são comuns na densamente povoada Daca, que tem registado um crescimento de novos edifícios, muitas vezes construídos sem medidas de segurança adequadas.

Incêndios e explosões ocorreram devido a cilindros de gás, aparelhos de ar condicionado e fiação elétrica defeituosos.

 

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