Alasca - Foto: Pexels

Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida depois que uma equipe de dois alpinistas caiu de 304 metros de altura enquanto subia uma montanha no Parque Nacional Denali, no Alasca.

Os dois escaladores com cordas estavam subindo a rota da “escada rolante” no Monte Johnson, uma “escalada alpina íngreme e técnica na face sudeste do pico” envolvendo uma “mistura de rocha íngreme, gelo e neve”, de acordo com uma declaração do parque.

Outro grupo de alpinistas na mesma rota viu a queda e alertou o Centro Regional de Comunicações do Alasca. Eles então desceram até as vítimas e confirmaram que um dos alpinistas havia morrido na queda. O comunicado informou que o segundo alpinista sofreu “lesões traumáticas graves”. “Os socorristas cavaram uma caverna na neve e cuidaram dos ferimentos do alpinista sobrevivente durante toda a noite”, disse o comunicado.

O acidente aconteceu na quinta-feira (25), mas somente foi divulgado neste final de semana. De acordo com informação da CNN, neste domingo (28), o alpinista ferido foi resgatado e socorrido. O helicóptero e os guardas florestais retornaram ao local  na esperança de recuperar o corpo do alpinista morto, mas tiveram que voltar devido à deterioração do tempo, escreveram no comunicado.

“Os guardas florestais do NPS voltarão ao local quando as condições climáticas permitirem,”  disse o parque.

 

Foto: Departamento de Saúde do Alasca

A primeira morte oficial causada pelo vírus Alaskapox foi identificada recentemente pelas autoridades do Alasca. O vírus foi descoberto em 2015 e também é conhecido como varíola do Alasca. Desde sua descoberta, sete infecções foram registradas, segundo o Departamento de Saúde do estado, mas apenas uma morte, que ocorreu em janeiro.

“Este é o primeiro caso de infecção grave por varíola do Alasca que resulta em hospitalização e morte”, disse o mencionado departamento em um comunicado emitido na última semana.

As informações são de que a vítima que foi a óbito tinha um sistema imune debilitado por um tratamento de câncer, o que contribuiu para a gravidade da doença. A enfermidade costuma ser leve. O vírus normalmente é encontrado em populações de pequenos mamíferos do Alasca, como ratazanas e musaranhos de dorso vermelho, assim como outros roedores, como os esquilos vermelhos.

Segundo as autoridades, o homem que morreu cuidava de um gato de rua que caçava pequenos mamíferos. O Departamento de Saúde informou que os arranhões do gato foram uma “possível fonte” de infecção. “Um evento traumático geralmente introduz infecção de animal de estimação para humano”, explicou o epidemiologista estadual e chefe da Seção de Epidemiologia do Departamento de Saúde do Alasca, Dr. Joe McLaughlin,

O que se sabe sobre o vírus?

O Alaskapox pertence ao gênero orthopoxvirus, que inclui outros vírus mais conhecidos, como a varíola comum e a varíola do macaco. Segundo McLaughlin, a varíola do Alasca é um vírus do “velho mundo”, normalmente encontrado na África, na Ásia e na Europa.

“É muito possível que este vírus esteja presente no Alasca há centenas, senão milhares, de anos”, afirmou.

Com a identificação dos novos casos, o médico explica que isso pode ocorrer porque antes os profissionais da saúde e o público não consideravam o vírus uma possibilidade. “É possível que os casos tenham ocorrido antes de 2015 [quando ocorreu o primeiro caso da doença] e fossem apenas subclínicos ou levemente clínicos e simplesmente não tenham sido diagnosticados”, disse.

Sintomas

Entre os sintomas apresentados pelos infectados estão lesões cutâneas, que parecem uma picada de aranha, gânglios linfáticos inchados, dores musculares e, em alguns casos, febre.

“Se houver algum tipo de sintoma único ou em série que siga esse tipo de definição de caso e você não tiver nenhuma outra causa conhecida ou não houver nenhuma doença conhecida que esteja contribuindo para esses sintomas, então você definitivamente deve consultar seu médico e fazer uma avaliação adicional e alguns exames”, disse a epidemiologista do Serviço de Inteligência Epidêmica dos Centros de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos, Drª. Julia Rogers.

Pessoas com o sistema imunológico mais frágil podem apresentar sintomas mais graves.

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