Danilo Pereira Júnior, e a ex-titular Gabriela Hardt, que atuavam no Tribunal Regional Federal da quarta região. — Foto: Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo e JF-PR
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) defendeu, nesta segunda-feira (15), a revogação da decisão do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, que afastou das funções a juíza federal Gabriela Hardt, sucessora de Sergio Moro no comando da Operação Lava Jato, e de mais um juiz e dois desembargadores.
Em nota à imprensa, a Ajufe diz que recebeu a decisão com surpresa. Para a associação, a medida só poderia ser tomada pelo plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além disso, a Ajufe também defende a atuação dos magistrados. "Os magistrados e magistrada afastados pela decisão monocrática acima referida possuem conduta ilibada e décadas de bons serviços prestados à magistratura nacional, sem qualquer mácula nos seus currículos, sendo absolutamente desarrazoados os seus afastamentos das funções jurisdicionais", conclui a associação.
O Afastamento
O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, afastou do Judiciário o atual juiz titular da 13ª Vara de Curitiba, Danilo Pereira Júnior, e a ex-titular Gabriela Hardt, que atuavam no Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4). Além deles, outros dois desembargadores, Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, também foram afastados.
A determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) os afastou por burlar a ordem processual, violar o código da magistratura, prevaricar e até burlar decisões do Supremo. A 13ª Vara Federal de Curitiba é a responsável pela Operação Lava Jato.