'Shutdown': Governo dos EUA é paralisado após Congresso não aprovar orçamento

Por: Rádio Sampaio com G1
 / Publicado em 01/10/2025

O Capitólio dos EUA, horas antes de uma paralisação parcial do governo entrar em vigor, em Washington — Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz

 

 

 

O governo dos Estados Unidos  entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º), após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal.

A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está a saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados.

Nas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, que chamou de: "Shotdown democrata".

Sem a extensão desses benefícios, os custos com saúde para 24 milhões de americanos aumentarão drasticamente, com impacto maior em estados controlados por republicanos, como Flórida e Texas — que não implementaram medidas que garantem cobertura médica para pessoas de baixa renda.

Já os republicanos de Donald Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso.

A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente. Trump afirmou que poderia demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas caso o governo fosse paralisado.

“Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse.

Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo.

Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários.

Com a paralisação, apenas serviços considerados essenciais continuarão funcionando, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo.

A última paralisação ocorreu entre 2018 e 2019, no primeiro mandato de Trump, quando ele exigiu que o Congresso aprovasse gastos para a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México. O presidente recuou 35 dias depois. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões.

Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York — Foto: Reuters

Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York — Foto: Reuters

Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado.

O "shutdown" também pode afetar turistas. Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são prováveis nos próximos dias.

  • A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa.
  • Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário.
  • Atualmente, os EUA enfrentam déficit de cerca de 3.800 controladores.
  • O shutdown de 2019 provocou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos. Na época, as autoridades reduziram o tráfego aéreo em Nova York.

 

Ainda no setor do turismo, parques nacionaismuseus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem interromper as visitas, por exemplo.

Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde.

  • O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso.
  • Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos.
  • Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar.

 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração.

  • No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada.
  • Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas.
  • Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos.
  • Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional.

A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas.

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