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Durante os ritos finais da missa de inauguração do pontificado celebrada neste domingo (18/5) na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Leão XIV declarou ter sentido “forte presença espiritual do papa Francisco”. A afirmação foi feita na saudação final à multidão, ao lado de palavras de agradecimento aos fiéis, delegações internacionais e representantes de outras religiões que participaram da cerimônia.
“Saúdo e agradeço a todos vocês, romanos e fiéis de tantas partes do mundo, que quiseram participar. Uma calorosa saudação aos milhares de peregrinos que vieram de todos os continentes por ocasião do Jubileu das Irmandades. Caríssimos, agradeço porque mantêm vivo o grande patrimônio da piedade popular. Durante a missa, senti forte a presença espiritual do papa Francisco, que do céu nos acompanha.”
Citou conflitos
O papa também abordou desafios contemporâneos, como as guerras e a exclusão social. Ele citou especificamente os conflitos em Gaza, no Myanmar e na Ucrânia, pedindo paz e solidariedade.
A celebração marcou o início oficial do ministério petrino de Leão XIV e seguiu o rito litúrgico estabelecido para a posse de um novo papa, conforme protocolo adotado desde 2005.
A missa contou com a presença de milhares de peregrinos, além de líderes civis e religiosos de diversos países. O Brasil esteve representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, a esposa dele, Lu Alckmin, e o embaixador Everton Vieira Vargas.
A cerimônia começou dentro da Basílica de São Pedro, diante do Altar da Confissão, onde repousam os restos mortais do apóstolo Pedro. Patriarcas das Igrejas Orientais Católicas participaram da procissão até o altar montado na praça externa, ao som da tradicional ladainha Laudes Regiæ.
Durante a Liturgia da Palavra, textos bíblicos em espanhol, italiano, inglês, grego e latim reforçaram o papel simbólico e espiritual de Pedro como pedra fundamental da Igreja. O Evangelho lembrou o momento em que Jesus confia a Pedro a missão de cuidar do rebanho, o que, segundo a tradição católica, fundamenta o papel do papa como sucessor direto do apóstolo.
Um dos momentos centrais da cerimônia foi a entrada do Pálio e do Anel do Pescador, símbolos do poder pastoral e da sucessão apostólica.
Três cardeais, representando os diferentes graus do clero, participaram do rito. Após receber os símbolos, o novo pontífice concedeu a primeira bênção solene à multidão, com o Livro dos Evangelhos, ao som da aclamação em grego “Ad multos annos” (Por muitos anos).
Comprometendo-se a servir à fé e à alegria dos fiéis. O líder religioso também lembrou a morte recente do antecessor, Francisco, e destacou a importância do amor no exercício da autoridade papal.
“Não se trata nunca de capturar os outros com prepotência, propaganda religiosa ou meios de poder, mas de amar, como fez Jesus”, disse.