
Mario Marroquim- Foto: Francisco Cedrim / CRB
O presidente executivo do CRB, Mário Marroquim, participou de uma reunião entre os clubes da Série B e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para solicitar formalmente que a entidade reassuma a negociação comercial da competição.
De acordo com informação do jornalista Rodrigo Mattos, os clubes pediram socorro financeiro e aproveitaram para criticar a negociação dos direitos de transmissão da Série B.
Neste ano, a Liga Forte União (LFU) e a Libra se uniram para negociar os direitos, resultando em contratos como o da ESPN, no valor de R$ 50 milhões, totalizando R$ 170 milhões.
No entanto, os clubes reclamaram da queda de arrecadação, já que, no ano passado, as cotas garantidas pela CBF chegavam a R$ 240 milhões.
Marroquim classificou a negociação atual como uma "vergonha". O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, também se manifestou: "Precisamos de socorro".
Esta não é a primeira vez que os clubes se unem para pedir dinheiro à CBF. No entanto, a entidade mantinha o posicionamento de que só iria ajudar caso reassumisse a competição para tentar aumentar as receitas.
Em carta assinada pelos 20 clubes da Série B, as equipes apontaram desequilíbrios financeiros, atribuindo os problemas a gastos elevados com elencos, falta de fair play financeiro e receita televisiva abaixo da expectativa.
O documento sugere que a forma mais eficiente de garantir a sustentabilidade da competição seja um modelo de gestão comercial coordenado pela CBF, em cooperação com os clubes, respeitando contratos e valores previamente ajustados.
Embora os clubes da Liga Forte União, incluindo o CRB, tenham vendido parte de seus direitos de transmissão à investidora da Liga, os valores líquidos recebidos deixaram os times insatisfeitos.
Para amenizar a situação, a CBF definiu uma cota extra de R$ 2,5 milhões por clube, totalizando R$ 50 milhões de investimento.
Além do valor deste ano, a confederação se comprometeu a pagar R$ 12 milhões no próximo ano, garantindo cerca de R$ 1 milhão por mês. A CBF assumiria eventuais renegociações de contratos para tentar aumentar os valores, garantindo um mínimo para os clubes.
Com a participação da CBF, o projeto de unidade da LFU e Libra sofre impacto, já que a primeira grande negociação conjunta da liga não atendeu às expectativas das equipes da Série B.
