Primeiro papa negro da história moderna? Conheça o cardeal de Gana, considerado um dos favoritos

Por: Rádio Sampaio com Metrópoles
 / Publicado em 26/04/2025

Reprodução

Com a morte do Papa Francxisco na última segunda-feira (21/4), os olhos do mundo católico se voltam novamente para o conclave que elegerá o novo líder da Igreja. Entre os nomes mais comentados nos corredores do Vaticano e nas análises especializadas, um se destaca tanto pelo currículo quanto pelo simbolismo: Peter Kodwo Appiah Turkson, cardeal ganês, que pode se tornar o primeiro papa negro e africano da história moderna.

Aos 76 anos, Turkson é uma figura de grande prestígio dentro da Santa Sé. Foi nomeado cardeal por João Paulo II em 2003 e, desde então, tem ocupado cargos estratégicos na Cúria Romana. Entre 2009 e 2016, presidiu o Pontifício Conselho Justiça e Paz, responsável por temas como direitos humanos, ética social e desenvolvimento. Em 2022, a convite do papa Francisco, tornou-se chanceler da Pontifícia Academia das Ciências e da Pontifícia Academia das Ciências Sociais.

Visão ampla

Nascido em 1948 em Wassaw Nsuta, no oeste de Gana, Turkson é filho de um carpinteiro católico e de uma metodista convertida. Cresceu em uma região de grande diversidade religiosa e cultural, o que moldou sua visão de mundo e sua capacidade de diálogo inter-religioso — algo considerado essencial em tempos de polarização e conflitos religiosos. Formado em teologia e Escrituras Sagradas, estudou em seminários locais, em Roma e nos Estados Unidos. Fala com fluência inglês, francês, italiano, alemão e latim, além de línguas nativas ganesas, como o fante.

Turkson sempre teve postura firme contra desigualdades e injustiças. É um defensor da ecologia integral, em sintonia com as ideias do papa Francisco, e atuou na articulação de medidas para acolhimento de migrantes e refugiados — tema que o colocou no centro de debates políticos e eclesiais. Em diferentes ocasiões, também criticou o racismo estrutural e a marginalização dos povos africanos no cenário global.

Apesar de seu engajamento com temas progressistas, Turkson mantém um perfil moderado em questões doutrinárias. É considerado um “homem de centro” dentro do colégio cardinalício, respeitado por conservadores e progressistas.

Sua capacidade de escuta e de conciliação é vista como um trunfo num momento em que a Igreja Católica enfrenta desafios internos profundos, como a perda de fiéis em algumas regiões, os escândalos de abuso e a crescente demanda por reformas.

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