O presidente Lula e o ministro do Turismo, Celso Sabino, filiado ao União Brasil | Ricardo Stuckert/PR
O ministro do Turismo, Celso Sabino, oficializou nesta sexta-feira (26) o pedido demissão anunciado na semana passada, quando o União Brasil deu 24 horas para que os filiados deixassem os cargos no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sabino afirmou que permanecerá no cargo até a próxima quinta-feira (2), a pedido do presidente Lula, para acompanhá-lo durante um evento de entrega de obras concluídas para a COP30, em Belém.
"Tive uma conversa hoje com o presidente da República, em virtude da decisão do partido ao qual eu sou filiado tomou, de deixar o governo, e vim hoje aqui cumprir o meu papel, entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido", anunciou Sabino.
"A minha vontade clara é continuar o trabalho que a gente vem fazendo, a gente tem um trabalho de diálogo mantido, e hoje o presidente acenou com essa possibilidade de ampliar esse diálogo junto com o partido União Brasil para gente ver quais serão as cenas dos próximos capítulos", prosseguiu.
Sabino explicou que entregou a carta de demissão nesta sexta, mas permanecerá no cargo pelo menos até a próxima semana.
"Hoje entreguei a minha carta de demissão ao presidente, recebi esse pedido e, assim como o presidente foi muito cortês, confiou em mim, acreditou em mim uma responsabilidade muito grande e eu estou trabalhando para honrar, eu não poderia negar esse pedido", afirmou.
Na última sexta-feira (19), o ministro conversou com o presidente Lula sobre o ultimato do partido e, na ocasião, os dois acertaram que voltariam a se falar após a viagem do petista a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.
Celso Sabino é filiado ao União Brasil e foi eleito deputado federal pelo Pará. Ele deve retornar à Câmara dos Deputados, após dois anos à frente do Ministério do Turismo.
Sabino manteve conversas nas últimas semanas com dirigentes e aliados para tentar uma solução e evitar a saída da pasta. Ele, no entanto, conseguiu adiar a saída em poucos dias com o argumento de que teria agendas para cumprir à frente do ministério.
O ministro gostaria de seguir no cargo ao menos até a realização da COP30, que será realizada em novembro em Belém.