Polícia de SP faz vistoria em quatro locais para investigar a venda de bebidas contaminadas por metanol

Por: Rádio Sampaio com G1
 / Publicado em 01/10/2025

Foto: Freepik

A Polícia de São Paulo, com apoio da Vigilância Sanitária, faz nesta quarta-feira (1º) uma nova vistoria em quatro estabelecimentos comerciais para investigar a venda de bebidas adulteradas com metanol.

Dois bares ficam na região da Bela Vista, na capital paulista, e duas em Barueri. Os endereços não foram informados para não atrapalhar as investigações.

Na terça, a polícia interditou um bar na Alameda Lorena, no bairro nobre dos Jardins, em que uma mulher de 43 anos ficou cega por suspeita de intoxicação com metanol após o consumo de vodca.

Esta foi a primeira interdição no âmbito das operações contra a venda de bebidas falsificadas e adulteradas por metanol na capital. A operação contou com as vigilâncias sanitárias municipal e estadual, além do Procon e Polícia Civil.

O estabelecimento é um lugar de encontro de "happy hour" de pessoas que trabalham na região, além de servir almoços regularmente. O bar foi interditado por apresentar "risco iminente à saúde pública".

Em nota, o Ministrão Bar informou que "todas as nossas bebidas são adquiridas de fornecedores oficiais, com nota fiscal e procedência garantida, provenientes de grandes distribuidoras reconhecidas no mercado".

Segundo Manoel Bernardes de Lara, diretor do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, a interdição foi feita por precaução, já que o Ministrão está diretamente ligado ao caso da mulher que ficou cega após ingerir vodca.

"Nessa fiscalização [desta terça], a gente fez uma nova checagem e teoricamente as bebidas de hoje, a princípio, estavam regularizadas, mas por já ter ocorrido o caso de recolher [na segunda] mais de 100 garrafas [sem nota fiscal] não temos certeza se outras garrafas não foram manipuladas também", afirmou ele.

Depois dele, o bar Torres, na Mooca, na Zona Leste e um estabelecimento em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, foram interditados. O nome do bar do ABC Paulista não foi divulgado.

Em nota, o Torres Bar informou que está "colaborando integralmente com todos os órgãos de fiscalização competentes". Disse ainda que todos os "produtos são adquiridos de distribuidores oficiais e parceiros de longa data, que sempre prestaram serviços de confiança e credibilidade ao longo da nossa trajetória".

Nesta terça-feira (30), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que foram confirmadas cinco mortes por intoxicação por metanol. Uma delas já foi comprovadamente causada pelo consumo de bebida alcoólica adulterada. As outras quatro seguem sob investigação.

Em nota, o Torres informou que está "colaborando integralmente com todos os órgãos de fiscalização competentes. Todos os nossos produtos são adquiridos de distribuidores oficiais e parceiros de longa data, que sempre prestaram serviços de confiança e credibilidade ao longo da nossa trajetória".

Como foi a operação da polícia

Nas contas da Secretaria de Saúde do estado, nesta terça foram apreendidas 112 garrafas de vodca em diferentes pontos da capital, incluindo 17 na Mooca.

Segundo o governador, todos os estabelecimentos onde há suspeitas de intoxicação por metanol serão fechados cautelarmente para investigação do gabinete de crise criado para investigar 22 casos suspeitos de intoxicação em São Paulo.

“A partir do momento que a gente sabe que aquela bebida foi consumida naquele estabelecimento, esse local vai passar pela interdição cautelar. Não pode continuar comercializando bebidas se a gente tem uma suspeita que a bebida é fraudada”, disse Tarcísio nesta terça (30).

Segundo ele, a interdição cautelar é uma forma de o governo do estado checar a documentação do estabelecimento com dados federais e mapear a origem da bebida.

“Se [o estabelecimento] comprou e não tem uma origem comprovada, ou se tem como comprovar, a gente também vai conseguir chegar no distribuidor e, a partir dali, fazer a investigação. Se houve boa-fé, a gente consegue fazer só a interdição da bebida, só a interdição do lote, e aí o estabelecimento volta a operar com segurança”, declarou.

Ainda de acordo com Tarcísio, até o momento a Secretaria da Saúde contabiliza outros 22 casos. Desses, 17 são suspeitos e estão sob investigação e cinco já estão confirmados.

Uma das vítimas é de São Bernardo do Campo, mas consumiu bebida alcoólica na capital paulista. O advogado Marcelo Lombardi, de 45 anos, morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória e falência de múltiplos órgãos. No atestado de óbito, os médicos colocaram que o metanol foi a causa da intoxicação.

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