Caso consiga pautar na Câmara o aumento da alíquota de imposto sobre as chamadas bets, o governo Lula contará com um aliado pouco usual na aprovação da taxação: o PL de Jair Bolsonaro.
Lideranças do partido dizem que, se a proposta do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), de dobrar a alíquota das empresas de apostas de 12% para 24% for levada ao plenário, o PL deverá votar a favor.
A taxação das bets fazia parte da medida provisória (MP) alternativa ao IOF, mas acabou retirada do texto de última hora pelo relator, Carlos Zarattini (PT-SP), na tentativa de destravar o texto diante do lobby do setor.
Caciques do PL lembram que a ala evangélica do partido sempre foi contrária às apostas e ressaltam que foi Lula, e não Jair Bolsonaro, quem sancionou a regulamentação das apostas digitais no Brasil.
Após a derrota do governo na MP, que perdeu a validade sem ser votada pelo Congresso, o Ministério da Fazenda voltou a defender a taxação das bets como alternativa para a arrecadação do governo.