Pacote do governo para substituir alta do IOF deve ter 'reação muito ruim' no Congresso, diz Motta

Por: Rádio Sampaio com G1
 / Publicado em 11/06/2025

Hugo Motta - Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira (11) que pacote de medidas anunciado pelo governo para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) deverá ter uma "reação muito ruim" no Congresso e no empresariado.

O conjunto de medidas foi antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com lideranças parlamentares e a cúpula do Congresso. O pacote foi a saída proposta pelo Planalto para evitar a derrubada da norma editada por Lula.

Segundo a equipe econômica, uma medida provisória trará instrumentos arrecadatórios para substituir parcialmente a alta do IOF, que havia sido definida em decreto do governo no último mês.

O deputado fez menção a uma das medidas do pacote, que prevê tributar títulos atualmente isentos de Imposto de Renda, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).

"O governo deve anunciar esta semana novas medidas em substituição àquilo que foi anunciado para o IOF. Já comuniquei à equipe econômica que as medidas que estão pré-anunciadas deverão ter uma reação muito ruim, não só dentro Congresso, como também no empresariado", disse Motta.

"Quando você parte de trazer taxação de títulos que eram isentos e que ajudam a fomentar agronegócio e setor imobiliário, é claro que esses setores vão reagir. Esses títulos têm sido, na verdade, a grande fonte de financiamento num cenário de juros elevadíssimos, como temos hoje no nosso país", emendou.

O presidente da Câmara voltou, ainda, a repetir que o governo tem que fazer o seu "dever de casa" e apresentar propostas para cortar gastos. Ele também repetiu que defenderá um corte em isenções fiscais e subsídios.
"Temos que entender que apresentar ao setor produtivo qualquer solução que venha a trazer aumento de tributos, impostos, sem o governo apresentar o mínimo de dever de casa do ponto de vista de corte de gastos, isso não será bem-aceito nem pelo setor produtivo nem pelo Poder Legislativo", concluiu.

Congresso não tem 'compromisso'

O deputado Hugo Motta também afirmou, recentemente, que não era possível "dizer o que o Congresso vai aprovar ou não dessa MP". Para ele, os parlamentares terão tempo para "avaliar quais dessas medidas serão levadas em consideração".

A empresários do Distrito Federal, nesta quarta-feira (10), Hugo Motta voltou a criticar medidas que elevam a carga tributária.

"A resposta do Congresso foi clara: não aceitaremos compensações fiscais que recaiam exclusivamente sobre o setor produtivo", afirmou.

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