Resgatistas carregam o corpo de uma vítima, após um forte terremoto, em Mandalay, Mianmar, em 30 de março de 2025 — Foto: Reuters
Subiu para 1.700 o número de mortos em decorrência do terremoto de magnitude 7.7 na escala Richter que atingiu Mianmar na sexta-feira (28). O dado foi atualizado pela junta militar que governa o país, que acrescentou que o número de feridos chega a 3.408 e os desaparecidos passam de 300- de acordo com dados da mídia estatal atualizados até este domingo (30).
Os fortes tremores também atingiram a Tailândia. Na capital Bangkok, um arranha-céu em construção desabou, deixando 18 mortos. Autoridades tailandesas fazem buscas no local por 76 pessoas soterradas.
Equipes de resgate continuam procurando por vítimas, sobretudo nos escombros de edifícios. Ao todo, 1.591 imóveis foram danificados na região de Mandalay –epicentro do abalo sísmico. No local e em outras regiões, moradores também enfrentam interrupções no fornecimento de energia devido aos danos causados à infraestrutura elétrica.
Em um raro pronunciamento direcionado à comunidade internacional, o líder de Mianmar, Min Aung Hlaing, pediu ajuda na resposta ao terremoto. "Gostaria de convidar qualquer país, qualquer organização ou qualquer pessoa em Mianmar a vir e ajudar”, disse o militar, acrescentando que "abriu todos os caminhos para a ajuda externa".
O pedido já obteve resposta dos Estados Unidos, China, Índia e União Europeia. O retorno tranquilizou organizações internacionais, que temiam que a solicitação fosse rejeitada pela comunidade, já que Min Aung Hlaing é alvo de um pedido de mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra humanidade.
Mianmar enfrenta atualmente uma guerra civil contra os militares no poder e o isolamento internacional. Além disso, o país tem 40% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo o Banco Mundial.