Foto: Reprodução

O número de cavalos mortos após a ingestão de uma ração contaminada subiu para 122 em todo o país. O produto, cuja venda foi proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no último dia 4 de junho, segue sendo alvo de investigações e medidas emergenciais para conter os danos.

No estado de São Paulo, os casos mais graves foram registrados nas cidades de Indaiatuba, onde 29 cavalos morreram, e em Itu, com 13 mortes confirmadas. Além de São Paulo, também foram notificados óbitos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Alagoas, conforme informou o Mapa.

Diante do agravamento da situação, o ministério determinou nesta quinta-feira (17/6) o recolhimento imediato, em todo o território nacional, de todos os produtos destinados a equídeos fabricados pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda., com data de fabricação a partir de 21 de novembro de 2024.

Inicialmente, no dia 4 de junho, a comercialização das rações produzidas a partir de 8 de março havia sido suspensa. Naquele momento, o número de mortes confirmadas era de 63. O novo balanço mostra uma escalada preocupante, com o dobro de registros. Além disso, outros 36 casos de morte de cavalos estão sendo investigados como suspeitos de ligação com a ração.

O Ministério da Agricultura reforçou que, segundo a Lei do Autocontrole (nº 14.515/2022), cabe ao próprio fabricante a responsabilidade de adotar, imediatamente, medidas de autocorreção, incluindo o recolhimento dos lotes comprometidos.

As autoridades seguem monitorando a situação e alertam criadores e comerciantes para que interrompam imediatamente o uso e a venda dos produtos da marca citada, a fim de evitar novas mortes.