Benjamin Netanyahu | Wikimedia Commons
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa nesta sexta-feira (26) na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. A declaração será observada por centenas de líderes mundiais, que vêm pressionando o premiê por um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Netanyahu deixou Tel Aviv na noite de quarta-feira (24), em um voo mais longo do que o esperado. Segundo o site de monitoramento aéreo FlightRadar24, o avião com o premiê evitou passar pelo espaço aéreo da maioria dos países europeus, sobrevoando brevemente apenas a Grécia e a Itália.
O gabinete israelense não se pronunciou publicamente sobre a rota, mas acredita-se que o percurso tenha sido desviado propositalmente de países signatários do Tribunal Penal Internacional (TPI). Isso porque Netanyahu é alvo de um mandado de prisão por crime de guerra e contra a humanidade em Gaza. Se sobrevoasse as nações integrantes da Corte, o prêmio poderia ser forçado a pousar e ser preso.
Nos Estados Unidos, Netanyahu não corre esse risco, já que o país não é membro do TPI. Além de discursar na Assembleia Geral, o premiê deve se encontrar com o presidente Donald Trump, na segunda-feira (29). Esse será o segundo encontro dos líderes desde que o republicano retomou à Casa Branca, em janeiro deste ano.
O discurso de Netanyahu na ONU acontece em meio ao aumento da pressão internacional por um cessar-fogo com o Hamas, na Faixa de Gaza. As negociações, mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito, no entanto, estão congeladas desde o início de setembro.
Enquanto isso, Israel continua intensificando a ofensiva no enclave palestino, sobretudo na Cidade de Gaza — região descrita pelos militares como a sede do Hamas. Os bombardeios já provocaram a morte de centenas de civis, o que foi repudiado pela ONU e outras organizações internacionais. A União Europeia, por sua vez, disse estar considerando tarifas e sanções contra o país.