
Foto: Felipe Dana (ap)
Uma pesquisa do Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe) revelou que 72,8% dos brasileiros acreditam que facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) deveriam ser classificadas como organizações terroristas. Outros 18,8% discordam da proposta, enquanto 8,4% não souberam ou não quiseram responder.
O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 10 de novembro com 1.010 pessoas em todo o país, por telefone. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95%. O estudo é coordenado pelo cientista político Marcelo Di Giuseppe.
O apoio à medida é maior nas regiões Centro-Oeste (80,6%) e Sul (75,4%), e menor no Norte (64,8%). O estudo também aponta que a proposta tem mais adesão entre homens (78,7%), pessoas de 35 a 44 anos (76,8%) e evangélicos (79,6%).
A pesquisa indica ainda diferenças segundo o voto na eleição presidencial de 2022: 85,9% dos eleitores de Jair Bolsonaro apoiam a classificação das facções como terroristas, contra 59,6% dos eleitores de Lula.
O levantamento também ouviu os entrevistados sobre a declaração do presidente Lula feita em Jacarta, no fim de outubro, na qual afirmou que usuários de drogas também são responsáveis pela existência do tráfico. Para a maioria dos participantes, o presidente se equivocou ao fazer essa associação.
