Ao tempo em que a classe política se articula para as eleições municipais do ano que vem, na contramão desse processo, um tanto prematuro, acontece entre a maioria dos políticos, principalmente os que já detêm mandato, um certo “inferno astral”.
Em que pese os mesmos terem os primeiros quase três anos para realizar e empreender, a grande maioria deles - seja no Poder Executivo, seja no Legislativo – amarga um nível comprovado de rejeição, que ameaça seu desejo de permanecer no poder.
A insatisfação do eleitorado passa notadamente por promessas de campanha não cumpridas na prática e efetivamente, decepção com a má utilização dos recursos públicos, além de conduta duvidosa de muitos. Esses detalhes comprometem, inclusive, possíveis indicações de nomes por parte dos atuais ocupantes do poder, que já estão na reta final do seu segundo mandato, não podendo, portanto disputar o próximo pleito.
Um aparente entrosamento já dá lugar a uma verdadeira desarmonia entre os referidos Poderes. Esperanças alimentadas por grande parte da população transformam-se em descrença e maus olhos. São prefeitos que não honram os compromissos antes assumidos, vereadores pouco atuantes, sem demonstrar comprometimento com seus eleitorados que lhes confiaram seu voto. Assim sendo a busca da defesa de interesses pessoais causa visíveis desavenças, e ataques de ambas as partes passam a ser mais constantes.
Portanto, reeleição e rejeição, para um grande número de possíveis candidatos, é uma preocupação premente e real. Com certeza, apostarão todas as cartas no restante de seus mandatos, visando a reconquistar a confiança do eleitorado. Tarefa difícil.