Fernando Haddad, ministro da Fazenda | Washington Costa/MF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a jornalistas nesta quinta-feira (15) que não há nenhuma discussão sobre reajuste no valor do Programa Bolsa Família. O valor mínimo garantido pelo programa de transferência de renda do governo é de R$ 600 por família.
Segundo o ministro, por enquanto, estão sendo discutidas apenas medidas pontuais para o cumprimento da meta fiscal ainda deste ano, que serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a viagem ao Uruguai, para o velório do ex-presidente Pepe Mujica.
Haddad disse que estão sendo identificados alguns gargalos e problemas, nas despesas e receitas do programa. "Não tem demanda, estudo, pedido de orçamento para o MDS. Zero. Não está em cogitação", disse em resposta aos questionamentos de um possível aumento do valor do Bolsa Família para R$ 700.
O ministro informou que o Orçamento de 2026 não está sendo nem discutido ainda e que a previsão é que comece entre o final de junho e o início de julho.
"Não há pressão para absolutamente nenhuma iniciativa nova. Isso vale para os demais ministérios também. Não há demanda de espaço fiscal para projetos novos. E é isso. Eu vim esclarecer isso porque eu estou vendo circular uma série de coisas que não procedem", completou Haddad.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) também esclareceu que não há qualquer decisão ou estudo em andamento sobre um novo reajuste no Programa Bolsa Família.
Nesta quinta, o MDS anunciou que o programa passará por mudanças na chamada Regra de Proteção a partir de junho. A pasta publicou uma portaria anunciando "alterações nas regras de transição para famílias beneficiárias que passam a ter renda acima do limite de entrada". Atualizações também mexem com tempo de permanência no programa.