Brasileiro usava codinome e era o principal responsável de fornecer estratégias para golpes bancários | Bnews - Foto: Divulgação Reprodução / Freepik
Um hacker brasileiro de 25 anos, identificado como “GoogleXCoder”, foi preso pela Guarda Civil espanhola, na cidade de San Vicente de la Barquera, na Espanha. Ele é acusado de ser o principal responsável de vender kits que permitiam clonar sites de bancos e órgãos governamentais.
GoogleXCoder fornecia informações para ações de phising, como são chamadas as estratégias de roubo de senhas, dados pessoais e bancários dos usuários. De acordo com o jornal O Globo, o brasileiro foi preso no ano passado por vender os kits para clonar sites de bancos e órgãos governamentais.
As práticas ilícitas na Espanha foram iniciadas em 2023. O grupo foi desmantelado após investigação da Guarda Civil da Espanha. Em nota, o órgão explicou que, ao longo dos últimos anos, milhares de cidadãos espanhóis foram vítimas dos golpes que roubaram milhões de euros. A análise durou mais de um ano até reconstruir toda a rede criminosa.
O brasileiro era considerado um “nômade digital”, por se deslocar por várias províncias da Espanha, usar linhas telefônicas falsas e cartões com identidades diferentes. Um dos grupos que os criminosos têm no Whatsapp se chamava “Roube tudo das avós”.
A Guarda Civil espanhola relatou que ainda segue com as investigações ativas, como forma de descobrir mais integrantes da rede criminosa. Seis pessoas ligadas ao uso das tecnologias vendidas pelo brasileiro já foram identificadas e são alvos das autoridades.
"Atualmente, a investigação permanece aberta e novas ações não estão descartadas. Os canais do Telegram já foram alvo de medidas de desativação e as evidências digitais interceptadas estão sendo analisadas, o que pode levar a novas identificações ou prisões", disse a Guarda Civil espanhola.