Governo do Mianmar destrói cerca de US$ 300 milhões em drogas | AP/Thein Zaw
Autoridades das principais cidades de Mianmar destruíram, nesta quinta-feira (26), cerca de US$ 300 milhões (em torno de R$ 1,5 bilhão) em drogas ilegais confiscadas.
Entre as principais drogas destruídas estão ópio, heroína, metanfetamina, maconha, cetamina e o estimulante conhecido como metanfetamina cristal. As informações foram passadas pelo brigadeiro-general Sein Lwin, da Polícia de Yangon, durante discurso.
Eventos semelhantes para marcar o Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas também ocorreram na segunda maior cidade do país, Mandalay, e em Taunggyi, capital do estado de Shan, no leste de Mianmar, todas áreas próximas aos locais onde as drogas são produzidas.
Mianmar tem uma longa história de produção de drogas ligada à insegurança política e econômica causada por décadas de conflito armado e tem sido uma importante fonte de drogas ilegais destinadas ao leste e sudeste asiático, apesar dos repetidos esforços para reprimir.
As queimadas de drogas ocorreram quase um mês depois de especialistas da ONU alertarem sobre níveis sem precedentes de produção e tráfico de metanfetamina na região do Triângulo Dourado do Sudeste Asiático, onde as fronteiras de Mianmar, Laos e Tailândia se encontram, e especialmente no estado de Shan, no leste do país.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) disse em um relatório, em maio, que a crise política no país após o golpe militar em 2021 – que levou ao que agora é uma guerra civil – impulsionou o crescimento do comércio de metanfetamina.