Foto: Governo de São Paulo
Três decisões recentes do governo federal reforçam o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), pilar da Nova Indústria Brasil (NIB), que busca reduzir a dependência externa e fortalecer o fornecimento ao SUS.
Entre os anúncios, destaca-se o investimento de R$ 6,4 bilhões da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, que expandirá sua produção de medicamentos no país, especialmente para obesidade, diabetes e outras doenças crônicas. A empresa, que já emprega 2,65 mil pessoas, deve gerar mais 600 postos de trabalho.
Também foi anunciado um fundo de ao menos R$ 200 milhões para apoiar startups e pequenas empresas inovadoras na área da saúde. A iniciativa reúne o BNDES, a Finep e a Fundação Butantan, com objetivo de fortalecer a cadeia de suprimentos do SUS.
Outro avanço foi a contratação de uma empresa de Aparecida de Goiânia (GO) para fornecer ao SUS dispositivos médicos como stents coronários e cateteres.
Essas medidas fazem parte da Missão 2 da NIB, que pretende aumentar de 45% para 70% a produção nacional de insumos e tecnologias em saúde até 2033. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, os investimentos públicos e privados na área já ultrapassam R$ 57 bilhões.
A Fiocruz, por exemplo, está construindo no Rio de Janeiro um complexo industrial com capacidade de produzir até 120 milhões de frascos de vacinas e biofármacos por ano, com apoio de R$ 2 bilhões do PAC e captação de mais R$ 4 bilhões junto a parceiros.
Para especialistas, como a CNI e o Sindusfarma, o fortalecimento do Ceis é estratégico para a soberania sanitária, inovação tecnológica e desenvolvimento econômico do Brasil.