Evo Morales, ex-presidente da Bolívia — Foto: Aizar Raldes / AFP
O ex-presidente Evo Morales foi excluído da eleição presidencial marcada para agosto na Bolívia, pois sua candidatura não pôde ser registrada, conforme anunciou nesta terça-feira (20/5) o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) daquele país.
Apoiadores de Morales tentaram registrá-lo como candidato antes do prazo final da noite dessa segunda-feira (19/5), pelo Partido de Ação Nacional Boliviano (Pan-bol), mas essa sigla já não possui existência legal, explicou o secretário da Câmara do TSE, Luis Fernando Arteaga.
O ex-chefe de Estado de esquerda não comentou sua exclusão da disputa presidencial. No entanto, seus apoiadores anunciaram protestos, como bloqueios de estradas a partir desta terça.
Morales vive isolado, sob proteção de seus apoiadores, em sua base política na região do Chapare, no centro do país, da qual não sai há sete meses, por estar sob um mandado de prisão relacionado a um caso de tráfico de menor, que ele nega.
Segundo o Ministério Público, Evo Morales teria mantido, em 2015, enquanto ainda era presidente, uma relação com uma adolescente de 15 anos com o consentimento dos pais, em troca de benefícios.
O líder indígena rejeita as acusações e afirma ser vítima de “perseguição judicial” por parte do governo de Luis Arce. Ele também não reconhece a decisão do Tribunal Constitucional de 2023, que limitou a dois o número de mandatos presidenciais.