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O governo dos Estados Unidos aprovou na última quarta-feira (9) um acordo comercial com a Argentina - que garante tarifa zero para 80% das exportações do país vizinho. Os produtos que ficarem de fora da alíquota zero terão uma taxação reduzida de 10%, conforme divulgado pelo canal Direto da América.
A decisão foi anunciada no mesmo dia em que Trump informou que os EUA irão aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida gerou forte repercussão política e financeira, com alta expressiva no dólar futuro.
Para analistas ouvidos pelo canal Direto da América, o acordo evidencia o alinhamento político entre os dois países. Segundo a publicação, enquanto a Argentina defende uma economia de livre mercado e o reforço das estruturas democráticas, o Brasil estaria adotando uma trajetória oposta.
Ainda de acordo com o canal, a iniciativa do governo Trump fortalece a recuperação econômica da Argentina, que vem sendo conduzida por Javier Milei.
Dados da Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC) mostram que, em 2024, a Argentina exportou US$ 6,395 bilhões em bens para os Estados Unidos, um crescimento de 13,2% em relação ao ano anterior. O comércio total de bens entre os dois países somou US$ 16,3 bilhões no ano passado, segundo o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR).
Entre os principais produtos argentinos vendidos aos norte-americanos estão combustíveis minerais e óleos, joias, pedras preciosas, metais, moedas e alumínio — este último atualmente sujeito a uma tarifa de 25%, que pode ser reduzida a 10% com o novo acordo.